O Jornal que fala por você

Mundo de minuto em minuto, mais perigoso e confrontante. As incertezas cada vez maiores

Ver e fazer de conta ser cego, ouvir e se portar como surdo-mudo parece serem estas opções para o que tem sido visto,  escutado e observado de uns anos para cá. Jamais imaginei que chegássemos aos extremos que estamos convivendo. O diálogo sempre a razão principal do entendimento entre as pessoas não existe mais.

O radicalismo tomou ao que parece tomou conta de tudo e de todos. As conversas tem que ser em torno de amenidades, de assuntos independentes de opiniões, pois, se apresentarem controvérsias os confrontos são inevitáveis e motivos banais determinam discussões acaloradas que resultam no rompimento de amizades de longas datas. As posições políticas que sempre renderam discussões acerbadas eram controladas com prós e contras. Ninguém cedia em termos de opiniões, mas, o respeito imperava.

Havia partidos com linhas ideológicas definidas e seus componentes as defendiam de forma intransigente, mas, em alto nível. Lembro-me de inúmeros partidos especialmente de alguns que tinham maior representatividade popular como Partido Trabalhista Brasileiro – PTB o partido do presidente Getúlio Vargas, o Partido Social Democrático – PSD do presidente Eurico Gaspar Dutra. União Democrática Nacional – UDN do candidato a presidente  Brigadeiro Eduardo Gomes, do famoso governador do Rio de Janeiro Carlos Lacerda, do Partido de Representação Popular PRP do candidato a presidente Plínio Salgado que chegou a ser deputado federal pelo Paraná, Partido Social Progressista – PSP do governador de São Paulo e candidato a presidente Adhemar de Barros, do Partido Democrata Cristão – PDC de Ney Braga um dos grandes líderes políticos paranaenses com destaque nacional e  de outros partidos de menor representatividade popular.

O fato é que em que todos os partidos haviam líderes, verdadeiros lideres formados por ações em defesa de suas linhas ideológicas dentro das aspirações populares. Não havia lideres forjados como hoje criados por redes sociais, de televisão e de comunicações. Eram homens e mulheres saídos de suas bases que por sua competência, trabalho alcançavam popularidade. Iria longe citando nomes de políticos de expressão nacional e estadual, mas, o objetivo das linhas que comecei a traçar não é este e sim de apresentar preocupação por situações vividas nos dias atuais. As famílias estão com suas estruturadas abaladas já que filhos não dão mais atenções aos pais, não os respeitam e exigem benesses em todos sentidos.

Quando não atendidos condenam os pais, os agridem, os ofendem, os maltratam. Não querem saber das dificuldades por eles enfrentadas. Exigem, cobram e para alcançar resultados positivos nos bancos escolares exigem prêmios como aqueles que afirmam “se passar no vestibular quero um carro” e há país que fazem isto. Quando se tem condições tudo bem e quando não como os pais ficam? Tudo é cobrado. Não há mais aquele respeito. Nos tempos dantes como diziam os antigos se começava trabalhar cedo muito cedo mesmo. Com dez anos já se estava trabalhando como Office-boy, faxineiro, entregador, jornaleiro, auxiliar em diferentes atividades e existia o salário do menor que era a metade do salário mínimo e que ajudava muito as famílias. Se trabalhava durante o dia e se estudava a noite. Não havia tempo para ficar pensando em coisas ruins.

Acabaram com o salário do menor alegando que era uma exploração. Não é exploração observar nas esquinas menores esmolando, fazendo malabarismos e outras coisas mais para ganhar trocados. Em altas horas da noite crianças são encontradas nas ruas esmolando. A prostituição desenfreada, meninas grávidas, problemas sociais de toda espécie. Em meio a tudo isto para a desgraça se tornar maior a pandemia e o que se observa políticos distantes desta triste realidade e sem qualquer interesse em dela tomar conhecimento para procurar fazer alguma coisa.

Estão preocupados isto sim em se digladiar com trocas de ofensas, acusações, radicalizando posições políticas que não levam a absolutamente nada. Ataques a princípios religiosos, defesas e ataques de linhas de comportamento pessoal, agressões de todo o tipo, enfim vivemos uma verdadeira guerra e muitos não se dão conta disto. O momento é preocupante, mais do que preocupante é assustador, amedrontador. Para nós homens e mulheres de fé resta o caminho da oração e de pedidos ao SENHOR para que haja o retorno do diálogo, do respeito e de um pacto global para que nossos jovens em especial possam ter um mundo bom e alegre como aquele que nós mais avançados tivemos.  O Senhor esteja conosco e nos abra a volta a melhores dias.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *