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Espiritualidade e Saúde Mental

Observamos hoje praticamente em todas as partes do mundo uma grande retomada da vida espiritual. Depois de passar por difamação, perseguição e quase condenada ao desaparecimento pelas ideologias modernas, que negavam tudo o que diz respeito à relação com Deus, a espiritualidade a tudo isso resistiu e agora marca o seu retorno vigoroso, trazendo para o sujeito mais do que um conforto espiritual, trazendo também saúde mental.

A espiritualidade, enquanto experiência transcendental, repercute na transformação da vida da pessoa, pois quando oramos ou meditamos, entramos em contato com nossos sentimentos e emoções que, à luz de uma sadia espiritualidade nos transforma desde dentro do nosso “eu” interior, onde Deus é mais íntimo que nós mesmos, e nos lança para seguir caminhando e lutando.

Por isso, a vida espiritual é uma busca pelo o sentido da vida, pela experiência do amor, que nos conduz ao outro com gestos de solidariedade, gerando profunda paz e sentimentos de comunhão com todas as coisas que nos cercam.

Hoje se fala muito de inteligência espiritual, ou seja, pesquisas muito recentes, a partir de 1990, feitas por neurologistas, neuropsicólogos, neurolinguistas que estudaram os campos magnéticos e elétricos do cérebro, constataram que existe em nós, empiricamente verificável, um tipo de inteligência que denominaram: inteligência espiritual.

Através dela, captamos os contextos maiores de nossa vida, criativamente rompemos limites, percebemos unidades e nos sentimos inseridos no todo, tornando-nos sensíveis aos valores, a questões do sentido da vida e a temas ligados a Deus e à transcendência.

Então, quando muitos perguntavam se “orar adianta?”, a resposta é sim, adianta e muito, pois quando nos colocamos diante de Deus, não como um ser que está à borda de um abismo aterrador, mas na companhia de um pai ou de uma mãe de bondade, então nos sentindo aconchegados, acolhidos e cuidados como uma criança que se percebe na palma da mão de Deus.

Podemos então falar a Ele com confiança, agradecemos por tantos dons, suplicamos luz para nossas decisões, ou ainda, simplesmente nos entregarmos a Ele sem qualquer palavra, num silêncio pleno preenchido por Sua presença. E Ele não nos deixa sem resposta. É então que a vida, mesmo com suas cruzes e dificuldades passa a fazer sentido e tomamos a firme decisão de seguir em frente.

Portanto, ter uma vida espiritual é muito mais do que um ato de piedosismo, cultivar uma vida espiritual é uma questão de saúde mental, é uma questão de sobrevivência, pois não basta apenas ter um corpo saudável, é preciso estar espiritualmente saudável também.

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