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Solenidade de despedida do desembargador Ruy Cunha Sobrinho é marcada de emoção e elogios

Cerimônia foi realizada na Sala de Sessões da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná

A Sala de Sessões da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná foi palco para a solenidade de despedida do desembargador Ruy Cunha Sobrinho, depois de 48 anos de atuação na Magistratura paranaense. Emoção, lembranças, elogios foram destaque nos discursos de desembargadores.

“Eu ingressei na magistratura em 1975 com a advertência sempre de Rui Barbosa na cabeça ‘A Justiça é lenta, a Justiça é lenta’. Rui Barbosa falava que ‘Justiça tardia é a injustiça institucionalizada’. Entrei na magistratura sabendo das minhas limitações intelectuais, então eu sabia sabendo que precisaria trabalhar mais. Foi essa meta que eu tive nos meus quase 48 anos de carreira”, declarou o desembargador Ruy Cunha Sobrinho, durante a sua despedida.

Ruy Cunha Sobrinho foi aprovado em concurso público para juiz substituto, a partir de 6 de maio de 1975, exerceu suas funções nas comarcas de Cianorte e Londrina. Após novo concurso, em 19 de outubro de 1976, foi nomeado juiz de direito da comarca de São Jerônimo da Serra, atuando, ainda, nas comarcas de Jaguapitã, Cascavel, Londrina e Curitiba. Em 11 de dezembro de 1995, foi nomeado juiz do Tribunal de Alçada e, no dia 16 de agosto de 2004, foi promovido ao cargo de desembargador do TJPR.

Depoimentos
Sobre o desembargador Ruy Cunha Sobrinho, o desembargador Vicente Del Prete Misurelli afirmou que “hoje, e em todos os seus 48 anos de seu trabalho no Tribunal de Justiça do Paraná, seu julgar servirá de pedagogia à instituição que sempre dignificou. Nós todos nos engrandecemos com seu contato diário. É espaço de honra para mim, por delegação de meus colegas, estar diante de sua carreira e sua obra para saudá-lo neste dia”.

Ainda em sua homenagem, ressaltou que “este é o tempo que me pertence. Esta é a sua obra que hei de realizar. Quando olharmos o amanhã, sua obra será eternamente lembrada. Des. Ruy Cunha Sobrinho, hoje e em todos os seus 48 anos de trabalho no Tribunal de Justiça do Paraná, seu julgar servirá de pedagogia à instituição que sempre dignificou. Nós todos nos engrandecemos com o contato diário. Um nome, uma vida, nenhum reparo a se fazer. Certificado de honestidade e conhecimento. Em força gratuita, com palavras e textos marcantes, sua conduta nos impõe reflexão”.

O vice-presidente do TJPR, desembargador Luís Osório Moraes Panza, em depoimento destacou que tem um apreço muito grande pelo desembargador e que ele fará muita falta. “Espero que o tempo mostre para todos nós a grandiosidade do seu trabalho, e é importante também que o seu legado ficará para sempre”, pontuou.

“Eu o conheço desde que ingressei na carreira, ele mais antigo, sempre admirado e respeitado pela sua seriedade e competência, foi no Órgão Especial que estreitamos o relacionamento, e recordo da sua preocupação na obediência à jurisprudência para a segurança jurídica, e também no cumprimento da ordem de votação dos 25 membros daquele órgão colegiado, e sempre dizia aguardar o momento de ser chamado a votar e evitar adiantar o seu voto para não influenciar os demais julgadores”, salientou o desembargador Robson Marques Cury. E completou: “É a roda da vida girando. Ciclo após ciclo. Gerações se sucedendo. Gratidão pelo exemplo e trabalho realizado”.

Biografia
Ruy Cunha Sobrinho, filho de Renato Cunha e Dóris Nascimento Cunha, nasceu no dia 13 de abril de 1947, na cidade de Curitiba (PR). Bacharel em Direito pela Universidade Estadual de Londrina – Turma 1971.

Aprovado em concurso público para juiz substituto, a partir de 6 de maio de 1975 exerceu suas funções nas comarcas de Cianorte e Londrina. Após novo concurso, em 19 de outubro de 1976 foi nomeado juiz de direito da comarca de São Jerônimo da Serra, judicando, ainda, nas comarcas de Jaguapitã, Cascavel, Londrina e Curitiba.

Em 11 de dezembro de 1995 foi nomeado juiz do Tribunal de Alçada e, no dia 16 de agosto de 2004 foi promovido ao cargo de desembargador do Tribunal de Justiça do Paraná.
Casado com Vera Grace Paranaguá Cunha. Pai do Diego e do Guilhermo. Avô de Catarina e de Joaquim.

Direito

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