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Dicas para dar o check na prática de atividades físicas

Professor de Educação Física Tácio Santos lista dicas para começar o novo ano com uma avaliação física adequada e cuidados para manter a constância dos novos hábitos.

1 – Antes de iniciar um programa de exercícios, algumas avaliações físicas são essenciais. A avaliação da composição corporal, realizada com fita métrica, compasso de dobras cutâneas ou aparelhos de bioimpedância. Ela revela o peso corporal e a proporção de massa magra e gorda, importante para prescrever exercícios dentro de uma intensidade segura e eficiente. Avaliar a capacidade cardiorrespiratória, feita em esteiras, bicicletas ergométricas ou outras áreas adequadas para atividade física, é vital para determinar o nível inicial de aptidão física e prescrever exercícios aeróbicos. Avaliar a força muscular e a flexibilidade também são importantes para garantir um programa equilibrado.

2 – Independentemente da idade ou histórico médico, avaliações clínicas regulares, como hemograma completo, dosagens hormonais e parâmetros cardiovasculares, são fundamentais. Condições médicas específicas, como diabetes ou hipertensão, exigem avaliações mais frequentes desses parâmetros. Além das avaliações subjetivas, incluindo a escala de dor em casos como a fibromialgia. Para crianças em fase de crescimento, há uma atenção especial ao seu desenvolvimento físico. Pessoas com alta atividade física podem requerer exames para monitorar os efeitos do exercício no corpo.

3 – Ao começar um novo programa, é fundamental buscar orientação de um profissional de Educação Física registrado nos órgãos reguladores nacionais. Para consultorias online, é importante garantir que as informações transmitidas estejam claras e aplicáveis à realidade de cada indivíduo. Garantir a execução correta dos movimentos, utilização adequada dos equipamentos e evitar exceder os limites são importantes para prevenir lesões.

4 – A alimentação antes, depois e durante o exercício influencia diretamente no desempenho. Um nutricionista pode orientar sobre a alimentação relacionada à prática de exercícios de modo personalizado. O sono adequado faz toda diferença para o desempenho e saúde em geral. Recomenda-se de seis a oito horas de sono, com atenção à higiene do sono, garantindo ambiente adequado para repouso.

5 – Embora o risco de lesões seja baixo comparado aos benefícios da atividade física, seguir as orientações do profissional de Educação Física é essencial. Garantir a execução correta dos movimentos, considerar a superfície e a manutenção dos equipamentos, utilizar calçados adequados e roupas apropriadas são medidas para minimizar os riscos de lesões.

6 –  Para melhorar a saúde de maneira abrangente, recomendo focar em três componentes principais: capacidade cardiorrespiratória, força muscular e flexibilidade. As atividades que trabalham nesses aspectos também têm impacto na composição corporal, resultando nos quatro pilares da aptidão física relacionados à saúde. A escolha das modalidades depende da preferência pessoal e da disponibilidade para manter uma rotina consistente.

7 –  Existem atividades que se concentram mais na força e na flexibilidade, como musculação, pilates e ginástica localizada, enquanto outras priorizam a capacidade cardiorrespiratória: corrida, ciclismo e aulas coletivas, spinning ou running. Idealmente, combinar atividades que abordem tanto a força e flexibilidade quanto a capacidade cardiorrespiratória é vantajoso. Modalidades como treinamento funcional e Crossfit integram todos esses aspectos em uma única sessão de exercícios.

8 – Para iniciantes, é recomendado começar aumentando o volume de exercícios, ou seja, a duração diária ou a frequência semanal. Se essas metas máximas forem alcançadas ou não forem viáveis, a progressão pode ocorrer através do aumento da intensidade dos exercícios. Em última instância, se nenhum desses parâmetros puder ser ajustado, a progressão pode vir da complexidade dos movimentos, especialmente em exercícios de força e flexibilidade.

9 – A frequência ideal de exercícios é de cinco dias por semana, permitindo atender às recomendações ideais para todos os componentes de aptidão física relacionados à saúde. Porém, é possível adaptar um programa de exercícios para três ou até dois dias por semana, caso a disponibilidade seja limitada. Mesmo praticando exercícios apenas uma vez por semana, ainda é possível colher benefícios para a saúde, embora em menor escala. A consistência é importante, superando até mesmo intensidade, volume e frequência em importância para alcançar benefícios físicos e mentais.

10 – A motivação varia entre indivíduos, podendo ser relacionada à saúde, estética ou a aspectos comportamentais, como disciplina. Definir metas de médio e longo prazo aumenta a aderência aos treinos, permitindo compensar eventuais deslizes ao longo do caminho. Quanto ao estabelecimento de hábitos, é fundamental ajustar os parâmetros técnicos dos exercícios para que sejam praticáveis e se encaixem na rotina. Escolher atividades agradáveis e que sejam divertidas ajuda a manter a regularidade. Encarar a prática de exercícios como a aquisição de qualquer outro hábito, utilizando estratégias comprovadas para a aquisição de novos hábitos, pode ser benéfico para a manutenção da regularidade nos treinos.

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