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Coletânea reúne histórias da China antiga

Foi lançada na Gibiteca de Curitiba “Virtude: Histórias da China Antiga”, uma coletânea do quadrinista Irapuan Luiz que contém doze histórias da cultura tradicional chinesa, adaptadas para os quadrinhos. No lançamento, o autor vai autografar e distribuir exemplares gratuitos ao público.
A coletânea perpassa diferentes momentos da dinastia da China, civilização com mais de 5 mil anos de história, sob o conceito de virtude, em mandarim 德(dé). Para a cultura chinesa, a palavra é essencial para o entendimento do ser humano e de sua relação com o universo. 
Foi a importância da palavra para os chineses que inspirou Irapuan a reunir as histórias. Segundo ele, foi necessária uma longa pesquisa para escolher os contos a serem representados. Depois, ainda houve a parte criativa para a elaboração dos quadrinhos. “Foi um processo de certa forma até experimental, de descoberta. Dentro da criação das artes, usei algumas técnicas diferentes: trabalhei com aquarela, depois com carvão vegetal, com ecoline. Fui buscando uma estética que eu achava que traduziria melhor aquela determinada história que se passava numa determinada era”, explica. 
Contrapartida social
O projeto foi realizado com recursos do Programa de Apoio de Incentivo à Cultura, da Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal, e com incentivo das Livrarias Curitiba e da Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar). 
Como requisito para participar dos editais municipais de financiamento artístico, o requerente deve propor contrapartidas sociais para a sociedade, as quais devem se relacionar à obra em questão. Irapuan, junto de sua esposa Michelle, que assina o design e o letreiramento do livro, ministraram oficinas de carimbo e aulas sobre quadrinhos para crianças. 
As ações aconteceram em julho e foram parte da colônia de férias da Gibiteca de Curitiba. “Eu fiz a aula de quadrinhos, em que ensinei algumas técnicas de narrativa e de linguagem de quadrinhos. A Michelle, que é xilogravurista, ministrou a oficina de carimbo com as crianças. Elas aprenderam uma a uma a desenhar, recortar, montar e colar um EVA sobre uma base de madeira. Elas faziam carimbos e daí com tintas faziam desenhos”, conta Irapuan. 

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