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Indústria de Curitiba recebe três toneladas de TNT para a confecção de um milhão de máscaras

Por iniciativa da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), empresa do setor têxtil da capital vai aproveitar parte da produção que estava parada para auxiliar no combate à pandemia

Cerca de três toneladas de Tecido Não Tecido (TNT) chegaram na tarde do dia 30/4 (quinta-feira, a uma indústria de Curitiba para confecção de 1 milhão de máscaras cirúrgicas que serão utilizadas por profissionais de saúde no combate à pandemia do novo coronavírus.

A iniciativa é da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que comprou o material de um fabricante local, a Berry Global – Cia Providência, com sede em São José dos Pinhais. A Decelo Malhas, empresa de pequeno porte com sede em Curitiba, especializada na produção de suéteres, vai utilizar sua linha de produção, que estava parada, para confeccionar as máscaras. No total, 24 toneladas de TNT serão encaminhados a indústrias de diferentes regiões do estado para o mesmo fim, num investimento de R$ 650 mil realizado pela Fiep.

A operação envolve 150 indústrias e 10 mil trabalhadores paranaenses. O TNT está sendo transportado por caminhões que estão seguindo para indústrias de Apucarana, Londrina, Maringá, Cianorte, Francisco Beltrão, Cascavel e Curitiba, onde as máscaras cirúrgicas também serão confeccionadas por empresas do setor têxtil e do vestuário.

O empresário Marcelo Surek, proprietário da Decelo Malhas, conta que há quase um mês já está articulando com a Fiep a confecção das máscaras em sua empresa. Ele relata que nesse período a sua produção diminuiu em função do cancelamento de alguns pedidos e prorrogação de entregas. “Essa possibilidade de ocupar nossa linha para produzir as máscaras vem num momento importante para sustentabilidade da nossa empresa e dos empregos, e também, como forma de dar nossa contribuição social em meio a essa pandemia tão séria”, relatou.

“O principal retorno que teremos com essa medida é a manutenção dos empregos dos nossos 20 colaboradores e a sustentabilidade financeira da empresa, o que nos dá um fôlego até que este momento difícil acabe e retomemos à normalidade de nossas atividades”, afirmou.

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) serão comprados diretamente das indústrias pelos governos federal e estadual e pelas prefeituras para repasse a hospitais, clínicas, postos de saúde, santas casas e sistema penitenciário. “Com esta ação, a Fiep contribui com os esforços dos profissionais de saúde para o combate e tratamento da pandemia do novo coronavírus, além de criar alternativas para que empresas do setor do vestuário, que é um dos que mais gera empregos na indústria do Paraná, tenham condições de manter seus postos de trabalho”, afirma o presidente da entidade, Carlos Valter Martins Pedro.

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