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Cohab reúne mulheres chefes de famílias

Trabalho social iniciado no Caximba busca maior igualdade entre os gêneros

Mulheres da Vila 29 de Outubro responsáveis pelo sustento da família ou que moram sozinhas participaram de um encontro promovido pela Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab) este mês, no Cras Caximba. Participaram 42 mulheres.

“A execução de trabalho social com mulheres únicas provedoras é uma orientação da Agência Francesa de Desenvolvimento para o projeto Bairro Novo da Caximba”, explica o presidente da Cohab José Lupion Neto.

O Bairro Novo da Caximba é uma intervenção socioambiental no extremo sul da cidade que prevê investimentos de R$ 250 milhões. “Os projetos financiados por entidades internacionais trazem um compromisso de minimizar a desigualdade entre gêneros. Curitiba entende a importância desta questão, por isto já começamos a atuar neste sentido”, diz.

Quando o serviço Social da Cohab mapeou a área em 2017 foi diagnosticado que 11% dos 1.693 domicílios eram chefiados por mulheres únicas provedoras. O objetivo do encontro é trazer as potencialidades de cada mulher chefe de família para a construção de um projeto participativo. Reunidas em grupo, elas poderão buscar soluções para problemas em comum que enfrentam no cotidiano.

De acordo com a diretora de Relações Comunitárias da Cohab Rosemeiri Morezzi, este trabalho social busca maior igualdade entre os gêneros. “A desigualdade de gênero é uma injustiça que restringe o desenvolvimento econômico e social. Esta ação pretende combater o problema, para que possamos abrir novas perspectivas de vida para estas mulheres”, ressalta.

A primeira atividade do encontro foi dividir as participantes em três grupos para uma dinâmica. Cada grupo ficou com 14 participantes e um tema: o que temos de bom na vila; o que não é bom e pode melhorar; e qual a vila que sonhamos. Os grupos discutiram por uma hora. Ao final, uma representante de cada grupo apresentou as considerações para os demais.

“Não podemos só esperar que façam por nós. Temos que nos unir e ir atrás das melhorias que queremos para o bairro”, afirma a diarista Mara Rodrigues, 49 anos. Ela aponta a falta de iluminação como principal problema, pois traz insegurança, em especial para as mulheres.

A dona de casa Cleide Dias, 53 anos, ressalta a importância de conversar com toda a comunidade para que não joguem lixo nas cavas. “São atitudes que alguns tomam e acabam prejudicando todos os moradores”, diz.

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