Votação aberta, responsabilidade e respeito é o mínimo que devem apresentar nossos representantes
Zé Domingos
Em todas as classes existem bons, regulares e maus. Na política não é diferente. Conheço homens e mulheres detentores de cargos eletivos que desenvolvem suas funções com coerência, respeito e dignidade. Estes absorvem críticas endereçadas a categoria de forma geral imerecidamente. O fato é que a democracia brasileira é cara demais e a correspondência em trabalhos de nossas casas legislativas deixa muito, mas muito mesmo a desejar.
Não se observa qualquer atividade visando diminuir as despesas e sim seguidamente notícias de gastos inaceitáveis como os milhões destinados para que os calçados dos parlamentares sejam lustrados. Mais de dez milhões. Um absurdo, uma afronta ao povo que enfrenta uma crise pesada diante a pandemia que aí está há bom tempo e agora parece dar sinais de diminuir seus males.
Normalmente o poder executivo é que as comanda fazendo com que as matérias que lhe são interessantes sejam aprovadas e as outras sejam colocadas de lado, esquecidas, arquivadas ou não encontrem guarida para prosperar mesmo que sejam significativas para o interesse popular. Vivem dentro do velho dito “manda quem pode e aceita quem precisa”. Lamentável, mas esta é a verdade na política brasileira ao longo de sua história.
Raros foram deputados e senadores realmente independentes, exceções mesmo. O número de deputados federais poderia ser reduzido e certamente as atividades parlamentares não perderiam em nada, poderiam até melhorar, pois, os cidadãos poderiam observar melhor o desempenho de cada um dos seus representantes.
Diminuiriam de forma extraordinária os gastos hoje elevadíssimos ainda aumentados com o desavergonhado fundo partidário. São mais de 500 deputados federais que custam cada um bem mais de dois milhões de reais ao ano. Todas as despesas dos deputados são custeadas com o dinheiro do povo, táxi, carro alugado, aluguel de moradia, restaurantes, viagens, mordomias, sapatos lustrados enfim tudo.
Um absurdo, uma afronta a nós que pagamos a maior e mais cara carga de impostos do mundo e somos obrigados a ficar implorando por educação, saúde e segurança pública, sem as termos dentro de boas condições. Será que podemos esperar por mudanças? Difícil acreditar, mas, como o brasileiro é de boa fé esperemos com pensamentos positivos em melhores dias.
José Domingos Borges Teixeira
(Zé Domingos)