Sonhos que não existem mais e insegurança dos brasileiros
Zé Domingos
Nos meus tempos de adolescência e juventude ouvia planos de jovens em estudar e se preparar para passar em concurso público para tornar-se funcionário do Banco do Brasil, pois estaria com o futuro garantido diante progressão na carreira e salário alto. Outros imaginavam ingressar numa grande empresa e ali fazer carreira para chegar a condição de executivo e assim por diante.
Os que conseguiam completar estes sonhos estavam realizados, pois, tanto o Banco do Brasil como as empresas davam oportunidades para o desenvolvimento de conhecimentos com a realização de cursos para o desempenho de funções elevadas. Os funcionários permaneciam nas empresas por longas temporadas, alguns até se aposentavam com um único vínculo empregatício. Há cada determinado número de anos de atividades eram homenageados, ganhavam promoções e vantagens financeiras. Havia estímulo para os funcionários.
Era dito com orgulho estou há tantos anos na mesma firma. Os empregados passavam a fazer parte ativa das organizações. Havia afinidade e respeito entre empregados e empregadores. Os trabalhadores eram considerados da casa. Os anos passaram e tudo foi mudando, lamentavelmente para pior.
Os trabalhadores não têm mais a mesma dedicação, o mesmo amor e desenvolvem suas atividades para cumprir suas obrigações e ao final do mês receber os seus proventos. Qualquer proposta com um vencimento pouco melhor já faz com que o funcionário mude de local de atividade.
As empresas também para evitar que funcionários alcancem salários mais altos os demitem quando atingem um determinado status nas mesmas. A insegurança dos trabalhadores é uma constante. Diante deste quadro as ações trabalhistas atingem números assustadores. De uns anos para cá com os benefícios e vantagens apresentados pelos empresários terceirizadores o contratante tem lhes dado preferência.
As empresas mantém alguns funcionários mais experientes como gerentes ou observadores para fiscalizarem o andamento dos trabalhos e os operacionais em sua maioria terceirizados ou até mesmo quarteirizados. Com o quadro atual de pandemia os brasileiros enfrentam uma nova etapa de desemprego e dificuldades. Todo cuidado para evitar demissões porque uma nova colocação está difícil.
Muitos entendem que a terceirização é importante e tem evitado problemas ainda maiores. Continuamos na contramão do desenvolvimento. O panorama é sombrio e duvidoso para a nossa juventude, ela corre riscos seriíssimos. Relembro este texto que redigi há alguns anos, pois, a realidade segue a mesma linha especialmente com o advento desta praga que chegou arrasadora. Só o “SENHOR” para nos salvar.
José Domingos Borges Teixeira
(Zé Domingos)
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