Segurança Pública com mínimo de percentual do previsto no orçamento
Por José Domingos Borges Teixeira (Zé Domingos)
Mesmo afastado da reportagem policial há muitos anos ainda há pessoas que me abordam para reclamar da falta de segurança que enfrentam nas regiões em que residem. Lembram dos tempos em que chamava os criminosos de desavergonhados, vida tortas, criticava a falta de recursos na área de policiamento e de atenção que a área merecia. Diante das reclamações ouvidas hoje verifico que os problemas seguem e são ainda maiores diante a evolução das ações marginais.
Já os policiais dia a dia com dificuldades maiores em face de falta de condições de trabalho, bem como de falta de autoridade para enfrentar os bandidos. Tenho notado nos últimos dias no centro a presença mais intensa de viaturas com equipes fazendo o chamado trabalho preventivo que é fundamental, mas, tem que trabalhar intensamente para diminuir os índices de criminalidade.
Relatos de homens, mulheres, até crianças vitimas de assaltos, de diferentes tipos de violência, pais desesperados com o desvio de conduta dos filhos sendo arrastados para as drogas, prostituição escancarada e outras coisas mais. Tudo isto acontecendo como se fosse normal.
Observo notícia de que o governo federal investiu apenas 6,5 por cento de previsto em segurança pública e assim os problemas aumentam. Sem recursos, sem leis que protejam suas ações os policiais ficam sem autoridade. O medo por todos os lugares. A liberdade de movimentos dos vidas tortas é vergonhosa e inaceitável.
Os bandidos são apadrinhados por leis que os protegem, enquanto pagamos a maior e mais cara carga de impostos do mundo e ficamos desguarnecidos. Somos obrigados a colocar em nossas casas equipamentos de segurança, pagarmos seguros altíssimos e as instituições públicas têm sido ao longo dos anos deixadas de lado, com destinação mínima de recursos e os liberados bem distantes dos programados. A sociedade precisa cobrar e cobrar insistentemente dos governantes recursos e melhorias para a segurança, porque estamos a mercê da bandidagem, que chega até mesmo a zombar das autoridades, que só são autoridades no nome, porque na prática não tem condições de exercê-las.