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Projeto Mãos Amigas leva melhorias para escolas

Programa utiliza a mão de obra de presos para reparos, manutenção e pequenos consertos

O projeto Mãos Amigas, que utiliza a mão de obra de presos para reparos, manutenção e pequenos consertos, gera benefícios para a sociedade. Apenas em Curitiba e Região, 416 escolas já foram atendidas pela ação e mais de 220 nas demais regiões do Paraná.

O projeto é desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio de parceria entre o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), Secretaria de Estado da Segurança Pública, e pelo Departamento Penitenciário (Depen).

Além de ajudar na conservação e revitalização desses prédios públicos, o projeto ainda faz a ressocialização dos presos participantes, garantindo duplo benefício: redução da pena e economia na execução dos serviços de reparos nos prédios públicos.

Esse tipo de serviço poderia levar um longo tempo para uma escola resolver, já que depende de licitação e compra de materiais. Com o projeto ele pode ser solucionado em poucos dias, de forma eficaz e barata.

O projeto Mãos Amigas utiliza a mão de obra de presos que estejam no regime semiaberto (trabalham ou estudam fora, mas dormem na prisão) para serviços de manutenção, conservação e reparos de unidades escolares e de imóveis do patrimônio público.

Eles fazem desde serviços de pintura e jardinagem até obras emergenciais, como troca de telhas e forros. Além de Curitiba e Região Metropolitana, o Mãos Amigas atende escolas de Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão e Guarapuava.

Os presos participantes recebem uma remuneração mensal no valor de R$ 748,50 – ficando 20% guardado em uma poupança sob titularidade do detento e o restante entregue a família. Além disso, há a progressão de pena: a cada três dias trabalhados, a pena é reduzida em um dia, como prevê a Lei de Execuções Penais de 1984.

Para o coordenador do projeto, Nabor Bettega Júnior, do Instituto Fundepar, a ação ajuda a reinserir o preso no mercado de trabalho. “Eles recebem capacitação e passam a fazer um trabalho de cidadania, indo ao encontro de sua real vocação e habilidades, promovendo participação ativa na sociedade”, conta.

Os números, diz Bettega, confirmam o bom desempenho do projeto. Desde a sua criação em 2012, passaram mais de 600 presos e o índice de reincidência é zero. “Nunca tivemos reincidência, todos que passaram por aqui conseguiram entrar no mercado de trabalho e geralmente aparecem para agradecer. Os resultados são muito positivos” enfatiza Nabor.

Seleção
Participam do processo de seleção apenas os presos do regime semiaberto. Dentro desse critério, é feita uma análise de perfil – condenados por pedofilia e estupro são proibidos de participarem. Também é necessário ter um histórico de bom comportamento. Após essas avaliações, é feita uma entrevista para saber se o preso possui conhecimento técnico dentro dos serviços prestados pelo Mãos Amigas. Caso não tenha, é realizada uma capacitação, pelo próprio projeto, em construção, manutenção e pequenos restauros. A orientação é dada pela própria equipe de monitoração, que vai explicando como deve ser feito as atividades na prática.

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