Prefeitura resolve problemas crônicos para o bem-estar da população
Obras de implantação de galeria de águas pluviais nas ruas Doutor Manoel Francisco Ferreira, no Fazendinha, e Nabal Guimarães Barreto, no São Braz
Ano a ano, Curitiba fica menos vulnerável aos efeitos das fortes chuvas. Muitas obras já foram feitas, algumas estão em andamento e outras ainda irão começar em bacias formadas por rios e córregos da cidade.
Da implantação e ampliação de galerias de águas pluviais a intervenções de limpeza e desassoreamento que garantem vazão regular e evitam alagamentos, as intervenções priorizam a segurança e o bem-estar da população. Em especial, as ações executadas durante 2020 dentro do programa Curitiba Contra Cheias.
De acordo com o secretário municipal de Obras Públicas, Rodrigo Rodrigues, além das grandes obras que estão em curso, como é o caso do serviço para conter as cheias na bacia do Rio Belém, que têm frentes de trabalho nos córregos Santa Bernadethe, Henry Ford, Vila Guaíra e Vila Cortume e no Rio Pinheirinho, o cuidado com a manutenção não pode faltar.
“Para que a água seja drenada após uma forte chuva, bocas de lobo, galerias subterrâneas, córregos e rios devem estar limpos, desobstruídos e com estruturas preservadas para funcionar. Por isso, mantemos os serviços de manutenção em dia para evitar maiores transtornos”, disse Rodrigues.
No Fazendinha
No dia 11 de março, no ponto onde se encontram as ruas Doutor Manoel Francisco Ferreira Correia e Alfredo Jaime Felippe, limite entre Portão e Fazendinha, a escavadeira hidráulica começou a abrir espaço para que sejam colocados tubos de concreto de 2,20 metros de diâmetro. Cerca de 400 destes tubos formarão a nova galeria de águas pluviais que irá se estender por 430 metros, no sentido à Rua Antônio Ferreira Lemos.
Conforme explica o diretor do Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas, Augusto Meyer Neto, a nova estrutura trará mais segurança e qualidade de vida às pessoas que vivem na região, diminuindo as chances das cheias causarem estragos.
“O temor de inundação irá desaparecer quando a intervenção estiver concluída. Tanto no Orleans quanto no Fazendinha, estamos atendendo solicitações antigas da população feitas à Prefeitura”, apontou Meyer Neto.
Mais obras
Além das obras que estão em andamento, novas frentes de trabalho serão abertas nos próximos meses com a conclusão de processos licitatórios para realização das intervenções. Problemas crônicos que se apresentam em períodos chuvosos serão resolvidos, como é o caso do alagamento na Rua Dias da Rocha Filho, no ponto de encontro com as ruas Camões, Schiller e Flávio Dallegrave, no Alto da XV.
Na região será implantado sob a linha férrea o chamado Tunnel Liner, que é uma estrutura tubular de aço corrugado que irá canalizar a água da chuva. Também será construída uma nova galeria de águas pluviais.
A licitação para contratação da obra já está em fase de homologação e a ordem de serviço deve ser assinada até o final deste mês de março.
Para o fim do mês de março ainda está prevista a emissão da ordem de serviço para a implantação da galeria celular, de quatro por três metros, e para a contenção de talude na extensão de 646 metros na Rua Arthur Suplicy de Lacerda, no Seminário.
Estão previstos para abril outras duas licitações para intervenções de drenagem. Um dos processos atenderá a construção da galeria de águas pluviais em 1.450 metros das ruas José Mendes Sobrinho, Ludovico Zanier e Nelson Borba, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC).
O outro processo viabilizará a drenagem e contenção de talude do Rio Bacacheri Mirim, na região das ruas José Gildo Beleski e Guilherme Ilhenfeld, no bairro Tingui.
Trabalho constante
Apenas nestes três primeiros meses de 2020, o Departamento de Pontes e Drenagem da Secretaria Municipal de Obras Públicas, entre outros serviços, implantou cerca de 2.300 metros de galerias tubulares e realizou limpeza e desassoreamento de mais de 16 quilômetros de rios e córregos.
No ano de 2019, no campo de infraestrutura de drenagem, que protege os curitibanos de inundações e enchentes, o departamento realizou cerca de 1.500 ações, como: limpeza e desassoreamento de rios e córregos; substituição de tubulações de galerias de águas pluviais subdimensionadas; limpeza de galerias de águas pluviais; construção de muro de arrimo para contenção de taludes nas margens de rios e córregos.
Somente em 2019, 63.883 metros de rios, córregos e canais receberam limpeza e intervenções de desassoreamento. Às galerias de águas pluviais foram dedicados 1.190 serviços de limpeza, desobstrução e também de manutenção. Ainda foram implantados 3.266 metros de galerias tubulares.
Segundo explica Meyer Neto, a atenção com os cuidados básicos exigidos pelo sistema de drenagem não pode falhar. “Toda essa estrutura deve estar sempre livre de entulhos para que funcione e não permita que ocorram alagamentos”, explica o diretor do Departamento de Pontes e Drenagem.