Prefeitura investe em treinamento de servidores e compra de EPIs
Desde o início da pandemia, em março, a Prefeitura de Curitiba reforçou os cuidados sanitários para a segurança dos servidores e das pessoas por eles atendidas
Isso pode ser notado em diferentes equipamentos públicos, dos hospitais vinculados ao município, unidades da Fundação de Ação Social (FAS) até os Armazens da Família, por exemplo.
A Fundação Estatal de Atenção à Saúde (Feas), órgão da administração indireta da Prefeitura de Curitiba, investe em capacitações e Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Ela administra o Hospital Municipal do Idoso, o Centro Médico Comunitário Bairro Novo, a ala clínica do Hospital Vitória, a Casa Irmã Dulce, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tatuquara e 13 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sete deles abertos 24 horas.
A Feas tem mais de 2,8 mil funcionários, inclusive em outras UPAs e em unidades básicas de saúde. Do início da pandemia até julho, foram 176 treinamentos e 2,3 mil participações de profissionais da fundação e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Os cursos incluem notificação de casos de covid-19, ventilação mecânica e uso correto de EPIs.
Além disso, a Feas já entregou para seus funcionários mais de 1,4 milhão de pares de luvas, 200 mil máscaras cirúrgicas, 9,5 mil máscaras N95, 81,9 mil aventais descartáveis, 30 mil aventais impermeáveis e 102 mil gorros. Os estoques de todos estes EPIs seguem bem abastecidos.
Voluntários também auxiliam nos cuidados. Equipes posicionadas na entrada dos hospitais medem a temperatura de quem chega e indicam as dispensadoras de álcool em gel, espalhadas em pontos estratégicos das unidades.
“Isso garante a proteção e a tranquilidade dos profissionais da saúde em suas atividades cotidianas porque oferecemos equipamentos de proteção individual adequados para cada função e atividade”, diz a coordenadora da Casa Irmã Dulce, Marla Santiago. O hospital foi inaugurado pela Prefeitura de Curitiba no mês passado, no Tatuquara, para atender a casos de baixa e média complexidade.
O diretor do Hospital Municipal do Idoso, Peterson de Souza, chama a atenção para o uso correto e racional dos EPIs. “As capacitações e a ampla comunicação entre as equipes ajudam muito porque o autocuidado é a nossa maior segurança”, afirma ele.
FAS
Nas unidades da Fundação de Ação Social (FAS) a distribuição de equipamentos de proteção individual (EPIs) teve início em março, logo que foram registrados os primeiros casos da covid-19 em Curitiba. Até julho, foram encaminhados aos equipamentos 52.267 máscaras (descartáveis, de tecido e profissionais), 1.642 máscaras escudo-facial, 67.600 pares de luvas e 2.200 aventais descartáveis.
As unidades receberam ainda 2.611 litros de álcool em gel, 1.772 litros de álcool líquido, 306 toucas descartáveis, 68 óculos de proteção e 276 escudos de acrílico para mesas para atendimento ao público. A medida foi adotada para garantir a proteção dos servidores e das pessoas em situação de vulnerabilidade social atendidas pelo município, durante a pandemia do novo coronavírus.
“A FAS oferece serviços considerados essenciais e que, por isto, precisam ser mantidos à população, principalmente para casos de violação de direito, alimentação, acolhimento”, explica a superintendente de Gestão da FAS, Cláudia Estorílio.
Cláudia destaca que todas as medidas adotadas pela FAS durante a pandemia seguem as orientações dos protocolos técnicos da Secretaria Municipal da Saúde.
Casa São Bento
Entre as unidades que adotaram práticas rigorosas está a Casa São Bento, que atende pessoas com transtorno mental ou deficiência intelectual, podendo ter outras limitações associadas, que sofreram violência ou foram negligenciadas por suas famílias.
“Adotamos todas as medidas conforme orientação dos especialistas. Nossos acolhidos foram colocados em isolamento social, e os servidores passaram a usar equipamentos de proteção”, explicou a coordenadora da Casa São Bento, Sandra Inês Dallagnol Hilário.
Máscaras-escudo, álcool em gel e luvas também fazem parte dos equipamentos de segurança usados pela equipe da Casa São Bento. Para evitar a infecção pelo novo coronavírus, Sandra explica que os servidores do grupo de risco que apresentaram declaração médica validada pela perícia médica, conforme determina o Decreto 430/2020, foram afastados. A mesma medida foi tomada para aqueles que tiveram sintomas da covid-19, também orientados a procurar os serviços de saúde.
Sanitização
Em novo endereço desde o dia 3 de julho, justamente para garantir o distanciamento dos acolhidos, a Casa São Bento (antiga Mais Viver) também foi sanitizada. A mesma proteção foi garantida a todas as unidades da FAS que estão na linha de frente no atendimento à população, seguindo cronograma da Secretaria Municipal da Administração Pública e Gestão de Pessoal.
A FAS intensificou também a limpeza de todos os equipamentos e ambientes, principalmente os locais e superfícies com maior possibilidade de transmissão do vírus. Os servidores foram orientados sobre os cuidados a serem tomados ao colocar e retirar os equipamentos de proteção individual, além de fazerem o distanciamento social e evitarem o compartilhamento de objetos.
Em algumas unidades, foi feita a interdição de espaços de uso coletivo e readequação do fornecimento de refeições para evitar aglomerações e contaminação dos alimentos.
Armazéns da Família
Antes de começarem a trabalhar, todas as equipes dos 34 Armazéns da Família da Prefeitura passam diariamente por medição de temperatura como medida preventiva de combate ao novo coronavírus. Além disso, nos últimos quatro meses, já foram realizados dois serviços de desinfecção dos espaços que comercializam gêneros alimentícios.
Como são serviços essenciais, os Armazéns da Família estão funcionando normalmente, mas com todos os cuidados extras para evitar aglomerações e proteger fregueses e funcionários. Atualmente, cinco funcionários de Armazéns da Família estão afastados por suspeita ou confirmação de covid-19, sendo três terceirizados e dois de carreira.
“Qualquer funcionário que apresente sintomas, como gripe, febre, tose ou dor de garganta, mesmo sem confirmação de covid-19, é orientado a ficar em casa e buscar atendimento médico”, conta Ivone Aparecida de Melo, diretora do Departamento de Promoção e Economia Alimentar da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN).
Se um funcionário informar que um parente está com a doença, ele também é afastado imediatamente por no mínimo sete dias. Além disso, constatado um caso em um Armazém, toda a equipe passa a ser monitorada.
Com limite de fregueses (uma pessoa a cada 9 metros quadrados) e distribuição de senhas na entrada, os Armazéns da Família têm à disposição álcool em gel 70% e cartazes estão espalhados por todo o local orientando sobre os cuidados na higienização. As unidades funcionam de 8h45 às 17h15, de terça-feira a sexta-feira, e, aos sábados, das 8h30 às 13h, não sendo permitida a formação de fila antes desse horário.
Para evitar aglomerações em frente aos armazéns, nas entradas há demarcações com fita adesiva no chão para manter distanciamento de 1,5 metro entre os usuários. Também foram instalados protetores de acrílico em todos os caixas para proteger funcionários e clientes. Além disso, o uso de máscara é obrigatório.