Salve gente bonita e queridos gafanhotos do planeta terra, “cês” tão bem? Espero que sim, e que todos os seus sonhos estejam sendo realizados ou próximo disso. 

       Hoje eu quero externar um sentimento que está no meu coração, o do orgulho, mas sabe aquele orgulho de verdade? Aquele que dá muito gosto de estar sentindo? Pois é, é disso que estou falando. Calma vou te contar já, antes que tu tenha um treco de ansiedade.

       Esta semana estamos finalizando as nossas turmas de segundo ano do curso de Gastronomia e alta cozinha da escola a qual sou professor, o IGA (instituto gastronômico das américas). Para finalizar o ciclo de aprendizagem o aluno deve se unir em grupos e criar um trabalho de finalização de curso, chamamos de TIF (trabalho, integrador final), como o próprio nome diz, trata-se de um estudo que englobe todas as matérias do conhecimento as quais eles tiveram acesso nos dois últimos anos, são elas; gastronomia na prática, marketing, administração, higiene e segurança, francês, inglês e empreendedorismo. Neste trabalho o desafio é criar do absoluto zero um modelo de negócio de gastronomia, isso mesmo, do zero. Ou seja, eles devem pesquisar ponto de futuro empreendimento, desenvolver um layout, pensar no projeto arquitetônico, desenvolver cardápios, fichas técnicas, compras de equipamentos, desenvolvimento de equipe, estudar toda as questões burocráticas e jurídicas da empresa simulando abertura de empresa, quadro societário, salários, pró-labores e afins. Devem desenvolver cardápios em outras línguas, desenvolver o plano de negócio sob os mais atualizados indicadores de marketing e administração desde análise de Swot passando por desenvolvimento de ROI e outros indicadores administrativos para o bom andamento do negócio.

       Além disso eles devem preparar uma apresentação do projeto para uma banca composta por mestres professores que irão investir, neste momento, suas notas. Em um futuro eles poderão apresentar este mesmo modelo a uma banca de investidores que poderão inclusive realizar o sonho destes futuros chefs e empresários.

       Mas o que eu quero mesmo falar é sobre o orgulho que nós sentimos dos nossos alunos quando vemos trabalhos tão fantásticos, cheios de dedicação, carinho, atenção aos detalhes e acima de tudo vontade de realizar um trabalho extraordinário. Felizmente tivemos trabalhos este ano que superaram em muitas nossas expectativas, tanto no quesito teoria, ou seja, trata-se de um trabalho acadêmico e este deve estar dentro do regimento adequado, bem como na apresentação dos pratos e do projeto. A grande maioria nos transportou aos seus sonhos com suas apresentações, com seus pratos cheios de sabor, aromas, texturas e acima de tudo muito carinho no preparo. Tivemos pratos que provavelmente ficarão alguns anos em minha cabeça tentando entender como é que eles conseguiram chegar aos sabores apresentados.

       Obviamente nem tudo são flores, alguns grupos foram sim, medianos, no entanto mesmo aqueles que não tiveram tanto cuidado com os detalhes, nós professores sentimos o empenho e a dedicação das equipes, ser o melhor é muito difícil, depende de muitas variáveis, mas quando se faz algo pelo menos com dedicação, a probabilidade de dar é certo é muito maior.

       Como professor e orientador o sentimento de orgulho não cabe em meu peito, formar alunos é muito mais do que colocar futuros profissionais no mercado, é formar cidadãos capacitados para gerirem suas vidas acima de tudo, é formar seres pensantes e futuros líderes. O mundo precisa de gente extraordinária e tenho certeza de que todos que se formaram este ano terão muito sucesso em seus negócios e vidas pessoais, por parte deste que vos fala fica mais uma vez o agradecimento por nos deixar fazer parte desta incrível jornada, alunos queridos, vocês me dão muito orgulho. Voem o mais alto que conseguirem e não deixem ninguém falar que você não consegue, pois ninguém sabe a força que você tem e lembrem-se sempre que cozinhar é um ato de amor.