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Ministério da Saúde orienta vacinação de crianças que vão viajar

A primeira dose da vacina contra o sarampo deve ser aplicada aos 12 meses de vida e a segunda aos 15 meses

Para aumentar a proteção contra a possibilidade de ocorrência de novos casos de sarampo, crianças de seis a menores de um ano de idade deverão ser vacinadas contra a doença, caso tenham de viajar para municípios que estejam em surto. Ao todo, 42 municípios nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia apresentam surto ativo de sarampo no Brasil.

Depois de 20 anos, o primeiro caso confirmado de sarampo no Paraná teve a certificação no início do mês, após exames. A mulher de 41 anos, moradora de Campina Grande do Sul, está em isolamento e os procedimentos de bloqueio vacinal seletivo nas pessoas que tiveram contato com ela foram realizados. A paranaense esteve em São Paulo entre 15 e 22 de julho e começou a apresentar os sintomas. Além dessa confirmação, a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná acompanha outros dois casos de pessoas com suspeita de sarampo.

“Pedimos para que todos os profissionais de saúde fiquem atentos aos sintomas e notifiquem os casos suspeitos a Vigilância Epidemiológica municipal para que possamos acionar as medidas necessárias para o bloqueio vacinal seletivo nos contatos suscetíveis após exposição e também possamos avaliar as carteiras de vacinação de todos os contatos”, destaca a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Acácia Maria Nasr. “Como a contaminação é pelo ar, qualquer contato com uma pessoa doente é um risco alto de transmissão”, alerta.

Essa doença é uma infecção muito contagiosa, que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade, mas é mais perigosa para as crianças, inclusive podendo levar à morte. Por isso, a orientação do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde é aplicar uma dose da vacina tríplice viral com pelo menos 15 dias antes da data da viagem. Julio Croda, diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, explica mais sobre a medida. 

“O sarampo é uma doença que é transmitida pelo ar e é uma das doenças que têm maior transmissibilidade. E nesse sentido é que essa vacinação é feita 15 dias antes porque a criança precisa produzir anticorpos e estar imunizada. Esse tempo é necessário justamente. Em um momento de surto, e como essa população apresenta maior risco, a gente faz essa dose extra da vacina nas crianças entre seis meses e um ano, então é uma dose extra”.

É importante ressaltar que a chamada “dose zero” não substitui a vacinação de rotina. Então, independente do planejamento de viagem para locais com surto ativo de sarampo ou não, a recomendação é agendar para os 12 meses a administração da vacina tríplice viral e para os 15 meses a dose da vacina tetra viral, conforme previsto no Calendário Nacional de Vacinação.

A lista de municípios que apresentam surto ativo de sarampo é atualizada toda a semana e pode ser acessada em saúde.gov.br.

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