Cada vez mais famílias procuram ensino bilíngue para que os filhos aprendam desde cedo mais um idioma

Uma pesquisa do MIT (Massachusetts Institute of Technology) comprovou que para se aproximar da fluência de um falante nativo do idioma, o ideal é começar a estudar até os 10 anos de idade. “Quando somos expostos a um segundo idioma, principalmente a partir dos primeiros anos de vida, mais facilmente será a aquisição dele e mais facilidade terá a criança de produzir certos sons”, explica a coordenadora de Internacionalização do Colégio Marista Paranaense, Erli Dione Weissheimer, a Miss Nina. 

De acordo com a coordenadora, quanto mais horas a criança é exposta a outro idioma, mais rapidamente ela sairá do seu período silencioso (silent period). Assim é chamado o tempo que a criança precisa para adquirir estruturas linguísticas e expandir seu vocabulário e pode variar de uma criança para outra. “A criança necessita sentir-se confortável para começar a falar, sem se sentir pressionada”, afirma Miss Nina.

Fazer parte de um mundo globalizado pode proporcionar oportunidades, experiências pessoais e acadêmicas incríveis. Além da escola, os pais também podem auxiliar a criança no processo de aprendizagem e aquisição de um segundo idioma. Confira cinco dicas para que esse aprendizado seja reforçado em casa:

– Se os pais, parentes ou amigos têm conhecimento do segundo idioma, eles poderão estimular o aprendizado conversando com as crianças, definindo uma dinâmica familiar. Por exemplo, um dos pais pode falar português e o outro, o segundo idioma. Também podem incentivar a criança a falar o segundo idioma com algum membro da família ou amigos. Para a coordenadora, “é importante possibilitar para a criança um ambiente onde ela possa desenvolver ambas as línguas paralelamente; a primeira língua (L1) e a segunda língua (L2) e integrar ambas as culturas”.

– Estudar com a criança ou auxiliá-la nos estudos demonstra que ela não está sozinha, principalmente em momentos em que apresenta alguma dificuldade ou esteja se sentindo desmotivada.

– Promover momentos prazerosos, como estimular a leitura de livros, revistas e histórias em quadrinhos auxilia a criança a desenvolver seu vocabulário adequadamente e observar estruturas gramaticais em contextos reais de forma natural, como acontece com a L1. 

– Fazer atividades divertidas junto com a criança, como brincar, jogar, assistir programas de TV e séries, ouvir música e cantar na L2 transporta a criança a um ambiente onde ela poderá experimentar momentos lúdicos diferentes dos formais e didáticos ou acadêmicos.

– O uso de aplicativos e jogos on-line para praticar o idioma também é uma ótima maneira de desenvolver a L2.  Descobrir quais assuntos são de interesse da criança ou fazer uma pesquisa on-line na L2 juntos, desperta a curiosidade e pode ser surpreendente e motivador. 

LEGENDA: Pais podem contribuir para aprendizado do inglês com atividades simples e divertidas – Foto: Divulgação