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Curitiba tem o 2º transporte público mais eficiente para deslocamento da população até o trabalho

Um estudo realizado pelo Instituto Cidades Responsivas, pelo Indicador de Mobilidade Urbana, analisou a qualidade do transporte público para deslocamento dos cidadãos até o trabalho em oito capitais brasileiras. O ranking mostra Curitiba com a segunda melhor posição, com uma pontuação de 0,26, atrás apenas de Belo Horizonte (0,36) e à frente de São Paulo (0,23) e Porto Alegre (0,23).

O Indicador de Mobilidade Urbana mede a eficiência com que os domicílios de uma cidade são conectados às oportunidades de emprego existentes. Quanto maior o valor do indicador e mais próximo de 1, maior a eficiência do transporte público.

“Curitiba já tem o transporte público mais integrado do País com sua região metropolitana e um sistema, por corredores exclusivos, que dá agilidade ao deslocamento da população. Mas a nossa meta é que cada vez mais a população possa sair mais tarde de casa para trabalhar e voltar mais rápido para descansar. Temos, para os próximos quatro anos, um amplo programa de melhorias para o transporte coletivo, com o novo contrato de concessão, mais integração e sustentabilidade”, diz o prefeito Eduardo Pimentel.

Tempo de deslocamento

O índice do Instituto Cidades Responsivas é calculado pela relação entre a quantidade de vínculos de trabalho e de domicílios que podem ser alcançados em até 45 minutos de carro ou com transporte público a partir de cada lugar da cidade.

“O que favorece Curitiba em relação a outras cidades é a forma relativamente compacta e radial da cidade, que faz com que as distâncias a serem percorridas sejam reduzidas e permitam que a infraestrutura de mobilidade não precise ser tão robusta”, diz Luciana Fonseca, sócia-fundadora e diretora do instituto. 

“Nesse sentido, Curitiba está em uma situação melhor do que, por exemplo, o Rio de Janeiro, onde alguns bairros da zona noroeste estão a cerca de 40 km do Centro, exigindo investimentos maiores em sistemas de transporte para conectar a população até os empregos”, compara.

Para calcular os índices de transporte público e individual nas cidades, o estudo utilizou dados do Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos, do IBGE, e do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, que indicam as vagas formais. Os tempos de deslocamento foram simulados entre 6h30 e 8h em dias úteis com a plataforma Google para o transporte público.

Dessa forma, quando o indicador registra “1” (a melhor taxa possível), isso significa que o número de residências equivale ao de vagas de trabalho formais alcançadas em até 45 minutos. Na pesquisa, foram considerados dados de São Paulo (0,23), Florianópolis (0,19), Porto Alegre (0,23), Curitiba (0,26), Belo Horizonte (0,36), Salvador (0,16), Fortaleza (0,19) e Rio de Janeiro (0,13).

Os pesquisadores dizem que embora os deslocamentos da casa para o trabalho sejam apenas uma fração das viagens urbanas, eles são aqueles que mais exigem do sistema e que mais tendem a gerar congestionamento e poluição, uma vez que os horários de pico do uso da infraestrutura de transporte de uma localidade tendem a ocorrer justamente no início ou fim do horário comercial.

Curitiba tem o segundo transporte público mais eficiente para deslocamento da população até o trabalho, aponta estudo com oito capitais. Foto: Daniel Castellano / SMCS

Quanto maior a capilaridade e mais eficiente a distribuição de linhas de ônibus e suas rotas, maior a qualidade do transporte coletivo

Foto: Daniel Castellano / SMCS

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