Zé Domingos

Assumirmos a responsabilidade de um erro é algo que passa longe de nossas mentes. Normalmente elegemos um culpado por nossas falhas e o acusamos abertamente. Raras as situações que tomamos a posição de autores do erro e nos responsabilizamos por ele. Só assumimos quando os fatos são por demais notórios, flagrantes para nos incriminar e mesmo assim procuramos encontrar justificativas.

A fuga da responsabilidade é uma constante e o jogo de passá-la adiante também é seguida. Desde que esta pandemia desgraçada tomou conta do mundo tempos ouvido as mais diferentes citações de culpados ou possíveis culpados. Orientações e informações as mais diversas possíveis e imagináveis dando um nó em nossas percepções.

Quem está com verdade? O que é mentira, o que é verdade? Esforçamo-nos e não conseguimos chegar a uma conclusão. Sempre ficam interrogações, aliás, inúmeras interrogações. Opiniões desencontradas. Um dia tão procedimento é correto e no outro já não é mais. Além de todas as dúvidas surgiu em nosso país um desavergonhado jogo político com transferência de responsabilidades. Lamentável isto. Não há preocupação com a saúde da população e sim com o futuro em relação as eleições. Triste e verdadeiro.

O presidente acusa governadores e prefeitos e estes acusam o presidente. O povo fica como massa de manobra e famílias perdem entes queridos. As mortes se avolumam. É um tal de arrumar culpados, de atirar pedras inaceitável e vexatório. Com saúde, com administração pública é preciso seriedade, respeito e dignidade.

Sempre é tempo de dialogar, de deixar o jogo de braços de lado e buscar numa união de esforços, um pacto para buscarmos o retorno a normalidade. Enquanto os homens não se entendem sigamos orando pedindo ao “SENHOR” que nos proteja e nos livre de todo o mal.

José Domingos Borges Teixeira

(Zé Domingos)

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