A polêmica CPI da pandemia e movimentadas festas juninas
Zé Domingos
Em meio a tantas notícias negativas, manipuladas com interesses políticos envolvendo a pandemia, inclusive com esta Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI do Senado que não tem interesse em esclarecer nada e sim abrir caminho para o impeachment do presidente da República e colocar senadores com reputações abaladas diante processos em destaque passando como defensores intransigentes do povo. Na verdade estão para defender suas posições políticas e seus interesses, acusando pelo prazer de acusar, agredindo, ameaçando e intimidando depoentes como seus fossem os donos absolutos da verdade.
CPI que está tirando do povo recursos financeiros elevadíssimos que poderiam ser usados no combate a pandemia e a outras doenças que tanto incomodam os brasileiros. Os valores desta CPI são altíssimos e seus resultados certamente nada representarão. Ao invés de discutirem horas e horas só com interesses voltados a derrubar o presidente, deveriam dialogar para buscar caminhos de solução a estes momentos complicados que estamos vivendo algum tempo, Mas, quanto mais se cita a pandemia mais preocupações, medos e ressentimentos, assim para deixar pelo menos isto de lado por algum tempo relembro que estamos em Junho e neste mês durante anos em Curitiba ocorriam as movimentadas festas juninas. A seguir lembranças destas festas.
Durante os anos 50, 60 e até 70 o mês de junho foi especial em Curitiba principalmente para o bairro Mercês onde as festas juninas atraiam um grande público. Eram instalados tablados e neles em todas as noites realizados movimentados bailes sempre frequentados por pessoas que procediam de todos os pontos da cidade, inclusive de cidades vizinhas.
As promoções eram comandadas por Operário Mercês, Botafogo e União Mercês. Os dois primeiros faziam uma verdadeira competição para ver qual fazia a melhor festa. O Operário Mercês recebia mais gente, mas, o Botafogo também apresentava intenso movimento.
Além dos movimentados bailes o casamento caipira era o ápice dos festejos. O desfile de carrocinhas enfeitadas com motivos caipiras, os participantes devidamente caracterizados eram aguardados com expectativa e quando acontecia normalmente no último sábado do mês levava para as Mercês muita gente. Um espetáculo à parte apresentando várias atrações inclusive o show de um senhor conhecido como Capitãozinho com seu chicote fazendo “misérias” com seus estalos chamando atenções. As crianças acompanhavam tudo com curiosidade.
A par do desfile, fogos de artifícios, balões que naqueles tempos eram permitidos e tinham a cobertura do Corpo de Bombeiros. Eram lançados ao ar durante todo o mês lindos balões, alguns de grande porte e havia aquela correria para apanha-los quando estavam caindo. Nos terrenos onde eram instalados os tablados para as danças eram feitas grandes fogueiras inclusive havia a brincadeira de pular o brasido que ficava quando do fim da fogueira.
Havia também como atração especial a dança da quadrilha. Em outros bairros também ocorriam às festas, mas, nas Mercês eram as mais concorridas e deixaram saudades, muitas saudades. As acompanhei e as animei durante alguns anos como locutor do Serviço de Alto Falante Paraná do saudoso Pedro Ravanello que era também das Mercês. “RECORDAR É VIVER”.