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Curitiba fará suplementação de R$ 110 milhões aos hospitais filantrópicos

O prefeito Rafael Greca anunciou, durante evento no Palácio 29 de Março, uma nova suplementação de R$ 110 milhões que será paga aos hospitais filantrópicos da rede SUS de Curitiba no ano de 2023. O recurso complementa o repasse extra de R$ 37 milhões, realizado em 2022.

O novo aporte visa apoiar a sustentabilidade econômico-financeira destas instituições para que haja a continuidade dos atendimentos no município de Curitiba neste ano e no próximo ano, considerando o atual contexto de crise econômica, aumento de custos de insumos, limitação por parte do governo federal no financiamento da assistência hospitalar de média e alta complexidade, além do fim do repasse do governo federal para o combate à covid-19.

De acordo com o prefeito Rafael Greca, a suplementação é possível de ser realizada por Curitiba neste momento, pelo fato de o município gozar de estabilidade financeira e contar com o apoio da Câmara Municipal.

 “Nós temos uma situação financeira razoável, a cidade está com tudo equacionado, as contas estão pagas e a Câmara tem sido muito parceira da Prefeitura nas votações de verbas e suplementações”, afirmou o prefeito. “Nós vamos procurar enfrentar o ano de 2023 com o mínimo de turbulência”, disse ele.

A secretária municipal da Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, pontuou durante a cerimônia que “os hospitais filantrópicos são uma ala do sistema bastante importante e estratégica”. “Sem o trabalho deles, nós não teríamos a pujança do SUS de Curitiba. E esse grupo, juntamente com a nossa equipe, se mostrou ser de bravos guerreiros para enfrentar os piores momentos da pandemia. E, hoje, além das questões relativas à covid-19, há o estoque de problemas de saúde não atendidos nestes últimos dois anos. Isso reflete de maneira expressiva nos atendimentos”, afirmou.

Repasses

Em 2023, a suplementação estará dividida em dois grupos de recursos. No primeiro grupo serão R$ 36 milhões, divididos em três parcelas de R$ 12 milhões, de janeiro a março. Esse recurso visa suplementar o financiamento da assistência hospitalar de média e alta complexidade, cujos valores repassados pelo governo federal estão aquém do custeio real.

O restante de R$ 74 milhões irá compor um auxílio financeiro temporário aos hospitais filantrópicos da rede de urgência e emergência, que será pago de janeiro a dezembro de 2023, sendo R$ 6,1 milhões ao mês, para o apoio do custeio das instituições, considerando o momento econômico atual de crise e de pós-pandemia, minimizando o desequilíbrio financeiro dos contratos com o SUS Curitibano.

De acordo com Beatriz, o país vive “uma realidade crítica no que diz respeito ao financiamento do Sistema Único de Saúde por parte da gestão pública federal, uma vez que os repasses não suprem a quantidade de recursos que precisamos”.

A secretária pontuou que Curitiba, então, vem aportando recursos do próprio orçamento sempre a mais daquilo que é a previsão constitucional dos 15%. A verba da Saúde passou de R$ 1,7 bilhão para R$ 2,5 bilhões ao longo da gestão do prefeito Rafael Greca.

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