Casa do Acantonamento faz aniversário e promete surpresas
Começaram na terça-feira (9/11) as comemorações de três décadas de criação da Casa do Acantonamento do Zoológico de Curitiba
A data foi marcada, inicialmente, pelo plantio de uma araucária na casa, que fica no Alto Boqueirão, pela equipe de Educação Ambiental do Zoo.
A casa está sem atividades há pouco mais de um ano, em função da pandemia da covid-19. Mas, nos próximos meses, muitas surpresas devem acontecer, adianta a responsável pela Educação Ambiental do Zoo, Cláudia Bosa.
“Estamos preparando um livro com a história do local, desenhos dos participantes e depoimentos das pessoas que passaram pela casa e acabaram seguindo carreiras na biologia e na zootecnia, por exemplo, por conta das experiências que viveram por lá”, contou Cláudia.
Desde 1995, a Casa do Acantonamento conta com equipe própria de Educação Ambiental, uma proposta da primeira gestão do prefeito Rafael Greca. Desde então, atendeu 30 mil crianças e cinco mil professores.
O terreno, onde funcionava um antigo pomar público, tem área total de mais de 20 mil metros quadrados. Além da casa, onde os estudantes encontram estrutura para o pernoite, refeições e atividades, a área externa reserva uma série de aventuras.
As atividades, voltadas a alunos da rede municipal de ensino, geralmente começam às 9h de sábado e terminam às 17h de domingo. Entre as principais atrações, estão a visita noturna ao Zoológico e a alimentação dos animais.
Na programação, além de trabalhar questões relacionadas à percepção ambiental, tem muito trabalho em equipe, atividades para estimular a solidariedade e a responsabilidade e diversão. A cada acantonamento participam 20 meninos e 20 meninas do 5º ano do ensino fundamental.
Experiência inesquecível
Para a bióloga Stephane Moura, que foi estagiária da Casa do Acantonamento cerca de dez anos atrás, a experiência é marcante para todo mundo que tem a oportunidade de participar.
“Testemunhei como as crianças eram marcadas com os conhecimentos que nós passávamos para elas”, destaca. “O período que passei na Casa do Acantonamento me ajudou a me tornar a profissional e a pessoa que sou hoje, assim como ajudou muitas outras pessoas que passaram por ali e saíram transformadas”, completa a pesquisadora.
É também o caso do professor de ciências da rede estadual de ensino Marlon Panizon, outro ex-estagiário do Acantonamento. “As atividades educativas do Acantonamento contribuíram muito para minha formação, não só como professor, mas como ser humano”, garante.
Retorno das atividades
Com a melhora da pandemia, Cláudia conta que a ideia é retomar as atividades do acantonamento e os agendamentos das escolas o mais breve possível.