Como será o retorno do trabalho remoto para o presencial?
Com novas perspectivas para a volta aos escritórios, os profissionais de todo o mundo começam a se perguntar como será trabalhar novamente no formato presencial
De acordo com o Índice de Confiança do Trabalhador do LinkedIn, a maior rede social profissional do mundo, 51% da força de trabalho brasileira já foi comunicada que este retorno será nos próximos seis meses. Além disso, 4 em cada 10 profissionais receberam indicações de que poderão trabalhar em casa no longo prazo e/ou opções de horários flexíveis.
Este cenário reforça o sentimento de confiança dos trabalhadores quanto à busca de emprego, renda e carreira. Em julho deste ano, o índice atingiu uma média de 63 pontos, apresentando uma leve alta e permanecendo estável se comparado aos últimos meses. Entre os principais motivos apontados para justificar este otimismo estão a confiança na experiência de trabalho e educação individual, perspectivas de aumento de renda e desenvolvimento de carreira. Por outro lado, a falta de oportunidades no mercado e a situação da pandemia de covid-19 são considerados fatores que desencorajam os profissionais.
Diferentes gerações no mercado de trabalho
De modo geral, os profissionais brasileiros estão sendo cada vez mais motivados a retornarem a um local de trabalho físico.
A pesquisa do LinkedIn aponta que a geração Z é a que se mostra mais entusiasmada pela ideia de ter um espaço físico focado apenas no trabalho. Para estes profissionais, a possibilidade de avançar na carreira o quanto antes e os benefícios oferecidos neste ambiente também são encorajadores nesta volta.
Dois terços desses jovens afirmam que a ideia de se arrumarem para o trabalho é mais um incentivador. Por outro lado, menos da metade dos millennials se sentem desta forma. Para eles, assim como para a geração x e os baby boomers, a oportunidade de colaborar pessoalmente e a socialização com colegas e clientes são os mais motivadores.
E, diferentemente da geração z, os baby boomers não vêem tanta vantagem em ter um espaço só para as tarefas do dia a dia, assim como não acreditam que serão capazes de tirar proveito das vantagens do ambiente físico quando comparado ao que o formato remoto oferece. Eles afirmam que a sensação de conforto associado ao período pré-pandemia, atrelado a um sentimento de “agora está do jeito que costumava ser” é um dos principais fatores que os motivam a voltar.
Metodologia
O Índice de Confiança do Trabalhador do LinkedIn é baseado em uma pesquisa quantitativa única distribuída aos usuários da rede por e-mail a cada mês. Mais de 400 inscritos responderam à consulta no Brasil durante o mês de julho. Os usuários são amostrados aleatoriamente e devem ser incluídos na pesquisa para participar.
Os resultados representam a percepção do cenário socioeconômico do Brasil por meio do LinkedIn; as variações entre a associação do LinkedIn e a população geral do mercado não são contabilizadas. As pontuações do índice de confiança são calculadas atribuindo uma pontuação a cada respondente (-100, -50, 0, 50, 100) com base no quanto eles concordam ou discordam de cada uma das três declarações e, em seguida, localizando a pontuação média composta em todas as declarações. As pontuações são calculadas em média em duas ondas de coleta de dados para garantir uma leitura precisa das tendências.
Definições de faixa etária:
○ Geração Z = menos de 25 anos
○ Millennials = Entre 25 e 39 anos
○ Geração X = Entre 40 e 54 anos
○ Baby Boomers = 55 anos ou mais