Aumento da queda de cabelo na quarentena
Especialista fala sobre fatores de influência e tratamentos disponíveis
Nesse período de quarentena, em que as pessoas tiveram suas rotinas alteradas, o aumento da queda de cabelo tem sido uma queixa recorrente. Uma série de fatores contribuiu para esse aumento, com o stress e a ansiedade encabeçando a lista. Em uma rede de salões de beleza de São Paulo, não foram poucas as clientes que demonstraram preocupação com o problema. É o que conta a Especialista em Terapia Capilar Kammily Carvalho, do Shades Studio Jardim Pamplona: “Tenho recebido muitos questionamentos relacionados à queda de cabelo. Em grande parte dos casos, a queda acentuada está diretamente relacionada ao momento de isolamento social”, diz a profissional.
Com a sua experiência e formação em tratamento de dermatites de couro cabeludo e queda precoce, a especialista explica: “O nosso cabelo tem 3 fases três fases: o período durante o qual o cabelo cresce chama-se fase anagénica e dura cerca de 1 a 4 anos. A segunda fase chama-se catagênica, é quando a conclusão da produção de fibra ocorre e dura de 2 a 3 semanas. A última fase, conhecida como telogénea, é quando o fornecimento de nutrientes é interrompido, dessa forma, o cabelo cai, deixando espaço para o crescimento de um novo fio e o reinício do processo. É normal cair uma média de 100 a 120 fios diários. Em alguns casos, essa quantidade se multiplica, principalmente por fatores hormonais, pois o folículo piloso é sensível às alterações hormonais”. Além dos hormônios, os cabelos podem apresentar queda por fatores nutricionais, emocionais e doenças de base autoimune.
Outros indícios foram apontados pela cabeleireira, como Eflúvio Telógeno, fator reversível onde o cabelo cai depois de uma experiência estressante; Alopecia androgênica, que é a perda permanente de cabelo, causando a calvície; Seborreia – doença cutânea que provoca manchas descamativas e vermelhas na pele e no couro cabeludo; e Alopecia areata, queda repentina de cabelo que começa com uma ou mais áreas calvas circulares, que podem se sobrepor. A ansiedade causada pelo período pandêmico, o estresse e a má alimentação contribuem para a deficiência na ingestão vitaminas e proteínas que ajudam a fortalecer o folículo piloso.
Apesar desses diversos fatores, a especialista destaca alguns pontos que ajudam a evitar a queda excessiva dos fios:
• É ideal lavar o couro cabeludo todos os dias ou dia sim, dia não, para evitar a oleosidade (fator que também estimula a queda excessiva e acentuada, podendo evoluir para outros agravantes, como a caspa);
• Não deixar o cabelo tracionado por muito tempo;
• Não dormir com o cabelo molhado;
• Tentar diminuir o estresse;
• Melhorar a alimentação e ingestão de vitaminas;
• Ir sempre ao cabeleireiro ou profissional especializado em tratamento antiqueda e realizar um tratamento de limpeza do excesso de produtos na raiz do cabelo;
• Atenção e cuidado com produtos de alisamento, relaxamento, progressivas ou qualquer química que venha a ser aplicada no couro cabeludo e podem provocar alergias e queimaduras;
• Cuidado com os produtos finalizadores, para evitar o entupimento e a circulação sanguínea no couro cabeludo e poros;
• Desembaraçar os cabelos no banho.
Em casos mais graves, o recomendado é buscar um Tricologista, especialista em queda de cabelo e calvície, que irá descobrir qual é a causa da queda e orientar sobre o tratamento. Alguns salões oferecem tratamentos nesse sentido, como Argiloterapia, Alta frequência, Ozonioterapia, Luz de led e Óleos essenciais. “Aqui no Shades Pamplona, a especialista Kammily Carvalho desenvolve tratamentos que aliam essas ferramentas e produtos de qualidade e confiabilidade, de marcas reconhecidas no mercado de tratamento para queda e dermatite”, finaliza Maria Eugênia Dickerhof, proprietária da rede.
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