O Jornal que fala por você

Hospital relata aumento de casos entre crianças

No Dia Mundial do Diabetes (14 de novembro), o Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância da atenção dos pais e responsáveis para os sintomas do diabetes

Nos últimos anos, aumentou, e muito, o número de crianças com diabetes tipo 1 no país.

Levantamentos feitos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, na década de 1990, uma em cada 15 mil crianças tinha a doença. Atualmente, a proporção é de uma para cada 8 mil. Outros dados também indicam que o número de meninos e meninas menores de 5 anos com diabetes pode dobrar no ano que vem, em relação ao que era registrado em 2005. Atualmente, 4% de todas as crianças diagnosticadas com diabetes tipo 1 têm menos de dois anos.

O aumento na incidência do diabetes tipo 1 em geral se deve, principalmente, a fatores genéticos, mas também à introdução e contato cada vez mais cedo com os alimentos com alto teor de açúcar, com corantes e conservantes, além de hábitos de vida sedentários. Ainda segundo a OMS, no Brasil, o consumo de alimentos ultraprocessados (com baixo valor nutricional e ricos em gorduras, sódio e açúcares) vem crescendo, assim como as taxas de sobrepeso e obesidade.

Uma em cada três crianças de 5 a 9 anos tem problemas com o excesso de peso. Entre os adolescentes, 17% estão com sobrepeso e 8,4% são obesos. Muitos adolescentes consomem regularmente alimentos processados: 42% bebem refrigerante e 46% consomem fast food pelo menos uma vez por semana. Essas taxas sobem para 62% e 49%, respectivamente, para adolescentes em países de renda alta.

Nesse tipo da doença, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, que é o hormônio que transforma o açúcar em energia e de acordo com a endocrinologista do Hospital Pequeno Príncipe, Rosângela Réa, a obesidade e a consequente resistência à ação da insulina favoreceriam a destruição das células produtoras de insulina pelo próprio sistema de imunidade do organismo. A especialista explica que o diabetes do tipo 1, o mais comum em crianças, ainda não tem cura e precisa ser tratado com a reposição de insulina.

A médica destaca que alguns avanços,  como as “canetas” com agulhas ultrafinas, bombas que substituem as picadas de insulina e sensores para controle da glicemia sem precisar furar o dedinho, têm possibilitado seguir com o tratamento mais facilmente e reduzir enormemente a ocorrência de complicações da doença.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *