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Os desencantos aumentam e deixam o sorriso curitibano amarelo. Mendicância e outros

Curitiba é decantada em “verso, prosa e música” como uma cidade especial para se visitar e principalmente para morar. Por onde viajar pelo mundo e ao ser perguntado de onde é? Ao responder Curitiba o que fazemos com orgulho ouvimos referências elogiosas. Comentários positivos com citações de pontos turísticos e outros locais. Elogios ao sistema de transporte, a hospitalidade do povo a princípio observador, fechado e após receptivo. Menções ao prefeito Jaime Lerner especialmente.

A cidade segue como uma das de melhor qualidade de vida do país, mas, de uns tempos para cá vem enfrentando problemas com a mendicância e o aumento dos moradores de rua. Grupos se reúnem em determinados pontos e ali se estabelecem com colchões, cobertas, garrafas de cachaça e outras bebidas, alimentos formando quadros chocantes, até mesmo degradantes.

A Avenida Luiz Xavier popularmente chamada de Boca Maldita nome criado pelo jornalista Adherbal Fortes Neto que ao redigir notas politicas colocava em suas colunas “informação ouvida n Boca Maldita” que nos anos 60, 70 reunia políticos, figuras de expressão na sociedade e assuntos do dia era alvo de críticas e aplausos. Diziam que eleições se decidiam na “Boca Maldita” que se tornou uma instituição presidida pelo advogado Anfrisio Siqueira e depois por seu filho Igor com concorrido jantar anual no dia 10 de dezembro onde personalidades eram homenageadas com a comenda Ordem Da Boca Maldita. Hoje os encantos da Boca Maldita, os importantes encontros cederam lugar para desocupados que se tornam moradores de rua, viciados e mendigos.

Esta situação se estendeu por nossa linda Rua XV de Novembro. A noite praticamente impossível transitar por estes locais. Não apenas estas vias, mas, praças e outras ruas também contaminados por este panorama desolador. Os órgãos públicos se mostram impotentes para coibir os abusos e controlar a situação. Assistentes sociais fazem abordagem oferendo guarida com alimentos, banho, aconchego para dormir e são escorraçados com ameaças e até mesmo agressões. Se apresentam como moradores de rua e que não há lei para tira-los dali. Realmente não há dispositivo que possibilite a condição de ação mais rigorosa com intervenção policial.

Assim estas “mazelas” aumentam e fazem com o Curitiba a chamada “Cidade Sorriso” fique com sorriso amarelado como diziam os antigos. Infelizmente esta situação também é notada praticamente em todas as cidades de médio e grande porte. São necessárias ações políticas corajosas e estas parecem distantes. Assim sigamos nos valendo dos pontos positivos que são muitos em Curitiba e esperando que surjam alternativas para que os problemas sejam contornados. Que o “SENHOR” inspire e proteja os mandatários para encontrarem alternativas que pelo mínimo minorem este triste panorama.

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