Regulamentação de patinetes é defendida por vereadores
Vereador mostrou enquete onde 70% dos participantes foram favoráveis à regulamentação das patinetes
O vereador Bruno Pessuti (PSD) voltou à tribuna da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), nesta quarta-feira (14), para defender a regulamentação das patinetes na capital. Ele apresentou o resultado de uma enquete feita pelo seu mandato na internet, na qual 70% dos participantes foram favoráveis à regulamentação e 72% concordaram em fixar limites de velocidade para as patinetes. “O tema é polêmico”, ele admitiu, mas disse que a CMC precisa tratar dele pois “as patinetes têm mudado a forma como as pessoas se locomovem na cidade”.
Já tramita na CMC um projeto de lei, de Jairo Marcelino (PSD), que proíbe a circulação de patinetes nas calçadas de Curitiba. No dia 6 de agosto, a Comissão de Constituição e Justiça encaminhou a proposta para o Executivo, para que a prefeitura se manifeste oficialmente sobre o tema. Pessuti, em plenário, disse que é favorável à circulação de patinetes nas calçadas, desde que haja limite de velocidade e sensibilidade de quem opera a forma de condução. “Ontem eu usei a patinete, na calçada, respeitando o limite e, ao passar por pessoas, descendo dela para evitar acidentes”, exemplificou.
Em aparte, Edson do Parolin (PSDB) concordou com a regulamentação das patinetes. Disse que o assunto é urgente, pois “na comunidade está dando transtorno”. “Os ‘piás’ acharam um jeito de destravar [as patinetes] e ficam fazendo ‘racha’ lá. É perigoso”, comentou o vereador, que mora na região e se queixou que todos os dias têm bicicletas e patinetes jogadas dentro do rio. Pessuti acrescentou ao alerta os apelos feitos na CMC para que fossem melhor delimitadas as áreas em que as patinetes podem ser deixadas após o uso.
“Até porque elas se tornam um problema de acessibilidade”, concordou Pier Petruzziello (PTB), participando do debate. Ele disse ter dúvidas sobre a necessidade de uma regulamentação detalhada do uso das patinetes, por entender que o Brasil deveria apostar mais em medidas educativas que proibitivas. “A questão, para mim, é decidir por onde [a patinete] pode trafegar”, disse, referindo-se à circulação delas pela calçada. Mauro Bobato (Pode) concordou com ele. Ambos se posicionaram por haver menos interferência do poder público nas atividades privadas.
Voltando ao seu exemplo pessoal, Pessuti divergiu dos seus colegas, pois gastou R$ 8,50 para trafegar 1,5 quilômetro com a patinete. “Os aplicativos de transporte [Uber, Cabify e 99, por exemplo] recolhem aos cofres públicos R$ 1 milhão por mês. Se houvesse um preço público para as patinetes, esse recurso poderia ser utilizado na conservação e melhoria das calçadas”, sugeriu. (Da Assessoria da Câmara)