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Proliferação de partidos projeta descrédito político

Acompanho a política brasileira desde menino de doze anos e lá se vão sessenta e nove anos e lamento registrar que a mesma em suas diferentes etapas só perdeu respeito e credibilidade. Se não fosse obrigatório votar um percentual elevado de eleitores não participaria dos pleitos. Mesmo com a obrigatoriedade inúmeros não comparecem as urnas. Sou dos tempos que partidos tinham princípios ideológicos fortes e seus componentes os respeitavam até mesmo religiosamente.

União Democrática Nacional – UDN o partido do Brigadeiro Eduardo Gomes algumas vezes candidato a presidência da República era um partido de direita até mesmo radical, Partido Social Democrático – PSD de Eurico Gaspar Dutra presidente da República, de Moisés Lupion governador do Paraná partido de centro, Partido Trabalhista Brasileiro – PTB de Getúlio Vargas presidente, de Souza Naves senador pelo Paraná mais para a esquerda ou esquerda mesmo, Partido Democrata Cristão no Paraná forte diante a presença em seus quadros de Ney Braga eleito  prefeito de Curitiba depois governador partido de centro – direita e outros partidos de menor porte, mas, todos com linhas filosóficas definidas. Não havia esta situação de mudança de partidos a toda, bem como criança de siglas sim siglas já que tem não ideologia. Grupos se reúnem dentro de seus interesses, sem propósitos definidos e claros.

De uns anos para cá a proliferação de partidos é afrontosa e vergonhosa. Políticos se elegem por um partido e qualquer óbice que lhe surja muda. Um sem número de partidos legalizados e a eles destinados recursos financeiros para desenvolvimento de campanhas. Horários liberados em rádio e televisão. Senadores, deputados federais, estaduais, vereadores, prefeitos, vice prefeitos, governadores, vice governadores, presidente e vice da República todos com remunerações elevadas, verbas de representação, cargos em comissão, verba para comunicação, alimentação, vestes e outras vantagens. Quanto se gasta ao mês para se manter a democracia com esta proliferação desnecessária de partidos e de elevado número de representantes junto as casas legislativas? Se a política fosse série os números de políticos eleitos seria menor e a qualidade de atuação certamente seria melhor.

Dentro desta ótica é que uma considerável parcela da população não acredita na política e em seus participantes. O triste é observar que não se observa qualquer movimento para mudar este panorama. Aliás, seguidamente informações de castigos ao povo com mais impostos e outras cobranças. Iniciativas em favor deste povo que paga a maior e mais cara carga de impostos do mundo são raras. Para votar tem que se analisar cuidadosamente para as decepções ainda não se tornarem maiores.

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