Paraná intensifica prevenção contra dengue
Número de casos no estado reforça a importância do combate ao mosquito
A Secretaria de Estado da Saúde intensifica o alerta sobre as medidas preventivas para se evitar a dengue devido à mudança da estação, com dias quentes e a previsão de que seja um período chuvoso.
“O clima cria um ambiente propício para proliferação do mosquito transmissor da doença, por isso nossa recomendação para que toda população fique atenta e verifique os locais que possam se transformar em criadouros do Aedes aegypti”, afirma o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Um levantamento feito nos municípios mostra que a grande maioria dos criadouros são encontrados em imóveis domiciliares e comerciais e ainda são passíveis de remoção, como vasos de plantas com pratinhos que acumulam água, recipientes de degelo em geladeiras, bebedouros, pequenas fontes ornamentais, materiais que ficam armazenados a céu aberto em depósitos de construção, pneus e sucatas.
“Nossa preocupação é com os imóveis do Litoral. É importante que o proprietário verifique minuciosamente se houve a formação de criadouros do transmissor da dengue, no período que o imóvel ficou fechado, lembrando que o mosquito se cria rapidamente em recipientes que acumulam água parada”, salienta a coordenadora da Vigilância Ambienta da Secretaria, Ivana Belmonte.
Boletim
O boletim epidemiológico mais recente divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde registra 682 casos confirmados de dengue no Paraná. O aumento em relação ao informe anterior é de 14,43%, com 86 casos a mais que na semana passada. Apresentam notificações para a doença 226 municípios e 108 têm casos confirmados. O Paraná totaliza 5.972 notificações para a dengue desde julho deste ano.
Foz do Iguaçu teve dois casos de dengue grave. Neste tipo, além dos sintomas clássicos, como febre e dores no corpo, os pacientes necessitam de maiores cuidados em leitos de observação ou internação. A dengue grave apresenta sintomas como sangramentos, palidez, sudorese, dificuldade de respirar e comprometimento de alguns órgãos.
O município de Londrina apresentou nesta semana um caso de dengue com sinais de alarme. Nesta fase, o paciente tem sintomas como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes e acúmulo de líquido no corpo, sinalizando que pode evoluir para a forma grave. Estes sintomas ocorrem, geralmente, entre o terceiro e quinto dia da doença.
Dois municípios seguem em situação de epidemia e 12 municípios se mantém em situação de alerta.