Esse artigo não é apenas sobre espiritualidade, é também, sobre a manifestação da fé. Quando falamos em fé, nossa mente logo remete a imagem de Deus, religiões, cultos, rituais; mas a fé, como está no dicionário, significa, “um sentimento de crença em algo ou alguém, ainda que não haja nenhum tipo de evidência que comprove a veracidade da proposição em causa.”

Então, pela interpretação, a fé pode agir tanto para o bem quanto para o mal. Como assim? Lembrem-se que não estou falando apenas da fé religiosa.

Quando alguém a quem damos “autoridade” nos intitula de algo, seja uma qualidade negativa ou positiva, e damos credibilidade a isso, estamos colocando nossa fé na palavra do outro e tomando a palavra “maldita” ou “bendita” como verdade e logo nossa mente começa a agir como fomos vistos pelo outro.

Se uma criança ouve dos pais ou um outro adulto, a quem vê como “autoridade” desde pequena, que ela é chorona ou birrenta, logo ela vai tomar o que foi dito como verdade e tende a piorar seu comportamento, achando que esse é o comportamento esperado, já que a criança não sabe o significado das palavras. O mesmo acontece quando uma criança, ouve que é boazinha, quieta, educada, ela vai fazer o possível para continuar sendo assim.

Então a nossa fé pelo viés científico se manifesta quando acolhemos o que os outros pensam de nós quando crianças e vamos levando esse comportamento a diante, alguns até a fase adulta.

Quanto mais conhecimento e influência o outro tem, mais algumas pessoas colocam sua fé em suas palavras; é assim quando ouvimos um diagnóstico de um médico, quando ouvimos um professor, um religioso, um político, entre outros. A fé científica não é apenas no que se pode ver e tocar, mas também é aquilo que reflete em nós e tomamos como verdadeiro, porque ressoa de alguma forma com nossas crenças e o momento em que estamos vivenciando.

E a fé religiosa? Essa fé realmente “move montanhas”. Comprovamos através da Ciência que quando desenvolvemos nossa espiritualidade e nos conectamos a um Deus, independente da religião que professemos, nosso cérebro muda, nossas conexões neurais aumentam, nosso sistema imunológico melhora, nosso emocional responde de modo mais equilibrado e harmonioso.

Mas colocar a nossa fé em algo ou alguém não significa que possamos responsabilizá-los pelos rumos de nossas vidas, temos o livre arbítrio, podemos escolher para onde ir, o que fazer, decidir e isso é responsabilidade nossa.

Tanto a fé científica, quanto a fé religiosa vão agir de acordo com todas as programações mentais que você adquiriu durante sua vida. Como está escrito em Provérbios 4:23: “Tenha cuidado com o que você pensa, pois a sua vida é dirigida pelos seus pensamentos.”

Por Luzia de Fátima Pontes Aurélio, parapsicóloga clínica formada pelo IPAPPI (Instituto de Parapsicologia e Potencial Psíquico), com especialização em Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness pela PUCPR e graduanda de Ciência da Felicidade pela Unicesumar. Contato: (41) 99997-4652