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LAÇOS FRATERNOS DE UM NATAL

Aproximamo-nos de uma das festas mais admiráveis para os cristãos: a memória do nascimento de Jesus

Deus que se fez humano, desceu até a nossa condição para selar uma aliança na qual o amor e o perdão regem o tom da relação. Deus tão distante, tornou-se tão próximo, o Emanuel, o Deus-conosco. Ele quis vir até nós e selar um laço fraterno de amor. E esse gesto damos o nome de Natal.

“O modo de agir de Deus quase cria vertigens, pois parece impossível que Ele renuncie à sua glória para Se fazer homem como nós. Que surpresa ver Deus adotar os nossos próprios comportamentos: dorme, mama ao peito da mãe, chora e brinca, como todas as crianças. Como sempre, Deus gera perplexidade, é imprevisível, aparece continuamente fora dos nossos esquemas”.

Deus, vivo entre nós, como um de nós, em nossa carne, nos convida também aos gestos de amor, solidariedade e perdão na horizontalidade das nossas relações. Em tempos de distanciamento e isolamento, sabemos muito bem quanta falta nos faz a proximidade com aqueles que mais amamos. Porém, uma palavra pode ser dia, um perdão pode ser dado, uma mensagem, uma boa mensagem pode chegar até os ouvidos daqueles que amamos, para nos lembrarmos de que não existimos sem nossos semelhantes.

Somos chamados a refletir sobre “a responsabilidade que cada cristão tem de ser evangelizador”, ou seja, cada um de nós torna-se portador da Boa-Nova para as pessoas que encontra. Evangelizar significa levar uma boa notícia, ou melhor, levar a Boa-notícia, que é Jesus e sua mensagem de salvação.

Podemos fazer algo significativo que marque esse Natal em nossas vidas, para que não seja só mais um Natal, mas para que seja o melhor Natal de todos os que já vivemos. Porque desta vez vamos estar atentos ao seu verdadeiro sentido: a vida que se torna vida entre nós. Desejo muitas bênçãos e um tempo de muita esperança.

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