Alpinistas Urbanos, um dos programas mantidos pela Associação, fez a limpeza do obelisco da Praça 19 de Dezembro

Com um trabalho diário de recuperação de áreas degradadas, a Associação dos Condomínios Garantidos do Brasil (ACGB/Vida Urbana) vem contribuindo há quase duas décadas para transformar Curitiba em uma cidade melhor para viver e transitar. A entidade, que nasceu através da visão social de um empresário, já ultrapassou a marca dos 120 mil quadrados de limpeza de áreas pichadas, além da recuperação de calçadas e telefones públicos, poda de árvores e plantio de flores, limpeza de fachadas comerciais e residenciais, e ainda um importante trabalho de recuperação social de jovens que usavam a pichação como forma de expressão.

No dia 18 de maio, a ACGB/Vida Urbana completou 19 anos de atuação, com uma história dedicada à manutenção do espaço público. As ações planejadas envolvem não apenas na limpeza de áreas degradadas, mas também de educação, sensibilização e mudança de hábitos. A entidade sem fins lucrativos ou políticos é uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, e foi fundada por Luiz Fernando Queiroz, um catarinense radicado em Curitiba desde a década de 60, especialista em Direito Imobiliário e criador do sistema Condomínios Garantidos, cuja rede de empresas contribuem para a manutenção da ACGB/Vida Urbana.

Queiroz explica que a ACGB/Vida Urbana foi criada para transformar a cidade num lugar mais agradável, humano e solidário. “O trabalho consiste em criar e implementar soluções que minimizem os impactos causados pelas pichações, calçadas danificadas, bem como combater os problemas que a desordem do meio ambiente urbano causa dia a dia”, afirma. As metas são realizadas através de diferentes ações, tais como campanhas junto à comunidade, atividades de conscientização em escolas públicas, despiche de muros com a ajuda das crianças, distribuição de materiais educativos e revitalização de locais públicos de grande circulação.

A associação conta hoje com 18 funcionários, 14 atuando como zeladores e quatro na área administrativa. Segundo Deisi Margarete Momm Fonseca, coordenadora de projetos da ACGB/Vida Urbana, o Zelador da Vizinhança foi o primeiro implantado pela entidade. “Esses zeladores trabalham na restauração e no cuidado das calçadas, muros, áreas com pichações, telefones públicos, vias públicas e patrimônios da cidade de Curitiba”, conta Deisi. Ela explica que eles são contratados pela Associação para executar os serviços, o que também oportuniza a essas pessoas um desenvolvimento e crescimento profissional.

“Na medida em que cuidamos da cidade, também cuidamos das pessoas, já que essas ações impactam não apenas os espaços físicos, mas principalmente as pessoas e famílias envolvidas no trabalho da ACGB/Vida Urbana. E aqui incluímos os jovens, que antes pichavam a cidade e hoje são convidados a conviver com os zeladores, nesse trabalho de recuperação da beleza do espaço urbano, que significa também uma oportunidade para que revejam suas atitudes e encontrem outra maneira de se reintegrar na sociedade”, diz Deisi.

Outros projetos desenvolvidos são o Passeio Nota 10, de recuperação de passeios por calceteiros, além da conscientização dos moradores para construção de passeios de acordo com as regras de urbanismo e acessibilidade; Alpinistas urbanos, para limpeza de pichações em prédios e monumentos; e o Poesia em Cores, de intervenções que destacam a arte e cultura em áreas antes degradadas, como o poema de Adélia Maria Woellner, madrinha do projeto, que estampa áreas como a Travessa da Lapa, localizada entre as ruas Marechal Deodoro e José Loureiro.

Recentemente, dentro do projeto Alpinistas Urbanos, a ACGB assumiu a missão de revitalizar o obelisco da Praça 19 de Dezembro, onde está instalada também a estátua do Homem Nu. E para isso a entidade conta com profissionais experientes, já que é necessário uma escalada de 44 metros pelo obelisco, algo em torno de um prédio de 15 andares. O mesmo trabalho é oferecido a condomínios residenciais de Curitiba e Região Metropolitana, sem nenhum custo aos moradores, já que o trabalho dos zeladores é totalmente mantido pela Associação.