Aprenda a identificar os primeiros sinais de calvície
Genética, carência de vitaminas, estresse ou mudanças hormonais podem contribuir para queda capilar
Deparar com uma grande quantidade de fios na escova ou na pia do banheiro pode assustar qualquer um. Mas de acordo com especialistas, a queda de cabelo pode acontecer por vários fatores, como carência de vitaminas no organismo ou até mesmo consequência de estresse. Porém, se há histórico na família de pessoas calvas, é bem provável que outras gerações também passem por esse problema. De todo modo, qualquer sinal de perda exacerbada de fios é motivo para ficar em alerta, porque apenas um médico especialista pode dar um diagnóstico preciso e passar o tratamento adequado.
Queda por calvície
Existem alguns sinais que podem indicar uma alopecia androgenética, um dos tipos de calvície mais comum nas pessoas. Elas são caracterizadas pelas famosas entradas que surgem na cabeça. Segundo o cirurgião plástico especialista em transplante capilar, Dr. Alan Wells, essa alopecia acontece porque é estimulada pelo gene que pode vir tanto do pai quanto da mãe, ou seja, é hereditária. “É mais comum nos homens, pois, além de ser genético é estimulada pela testosterona, basicamente, o hormônio quando atinge a raiz do cabelo sofre uma ação de uma enzima e, então, o cabelo vai ficando mais fino, até sumir com o tempo”, explica.
Para identificar uma calvície é necessário analisar todo um contexto, nem sempre uma queda de cabelo significa que seja uma alopecia, até porque, é comum perder uma média de 100 fios por dia. Para identificar é importante ver se há falhas ou se os fios parecem muito finos.
Tipos de alopecias
Mesmo que inúmeros fatores possam influenciar a queda de cabelos, isso não significa exatamente que seja uma alopecia androgenética, porém, há outros tipos que também precisam de muita atenção, principalmente, porque podem indicar problemas de saúde. “Nem toda queda de cabelo acontece pelo mesmo motivo, às vezes é por causa da genética, que é a calvície que a maioria das pessoas conhecem, mas a perda de fios pode ser também por motivos de má alimentação, por causa de algum trauma, mudança hormonal ou até mesmo pelo uso de produtos químicos. Na calvície comum, os cabelos não caem completamente, mas vão se miniaturizando e perdendo o volume, de todo modo, independente do motivo, uma queda exacerbada de fios merece uma consulta a um medico especialista para tratar devidamente”, detalha Wells.
Tratamento
Não há uma regra para os tratamentos contra a alopecia, pois, cada caso é muito especifico e é preciso avaliar todo o histórico do paciente, principalmente, porque os sintomas não aparecem da mesma forma para todos. Normalmente quando diagnosticado de forma precoce, é possível fazer um tratamento clínico com medicações indicadas para cada caso, também podem variar de acordo com a adaptação do organismo do paciente. “Há também a possibilidade de realizar um transplante capilar, mas este procedimento é indicado apenas em casos de alopecia androgenética, pois, a cirurgia consiste em retirar folículos saudáveis do couro cabeludo do próprio paciente e inseri-los nas regiões que houve a queda”, explica o especialista.
Como mencionado, o transplante capilar também pode ser recomendado, um método bastante eficaz é o FUE (Folicular Unit Extraction), a técnica traz ótimos resultados para quem já desenvolveu uma calvície por completa, ou seja, quando não há a possibilidade de novos fios crescerem. “Neste caso, é recomendado para quem sofre de alopecia androgenética e identificou a patologia quando já estava em nível mais avançado. Este tipo de calvície não faz com que haja a total perda de cabelo, então, utilizamos os fios do próprio paciente que são retirados da nuca e das laterais da cabeça e realocamos na região que houve a queda. São milhares de folículos retirados um a um, por isso é uma cirurgia demorada, mas a recuperação é rápida e os cabelos voltam a crescer depois de um período”, finaliza o médico.