Ações de prevenção mobilizam escolas do Paraná
A professora de sociologia, Priscila Matos Drosoek, profere palestra sobre bullying em colégio de São José dos Pinhais
Rodas de conversa, palestras, apresentações teatrais e musicais, produção textual, atividades esportivas e recreativas e muita conversa sobre maneiras de prevenir e combater o bullying são algumas das atividades desenvolvidas nas escolas da rede estadual de ensino na Semana de Prevenção e Combate ao Bullying.
As ações pedagógicas vêm sendo desenvolvida pela Secretaria de Estado da Educação, com objetivo de sensibilizar as escolas e criar um canal de comunicação entre estudantes, professores, funcionários e a própria comunidade.
Segundo a chefe do departamento da Diversidade e Direitos Humanos da Secretaria, Angela Mercer de Mello, as atividades contribuem para construir um clima escolar favorável ao diálogo, empatia e minimização de situações de violências, além de promover a convivência harmônica. “Queremos que os estudantes se sintam seguros e acolhidos pela escola e ao mesmo tempo sejam precursores de informações de prevenção e combate ao bullying”, disse.
No Colégio Estadual Humberto de Campos, em Santo Antônio do Sudoeste (na região Sudoeste do Estado), atividades relacionadas ao tema movimentaram a escola. Os estudantes do Ensino Fundamental e Médio estão mobilizados com ações de conscientização com os colegas, professores e funcionários. Eles confeccionaram cartazes e conversaram sobre situações de bullying que vivenciaram ou presenciaram.
Os alunos também explicaram significado da palavra bullying, fizeram um breve histórico de casos relacionados ao tema, e também citaram exemplos e tipos de bullying que são cometidos, em alguns casos, sem a intenção, no ambiente escolar e fora dele.
O BULLYNG MACHUCA – “Quando era pequena, as pessoas faziam piadas e cantavam músicas rindo da cor da minha pele, do meu cabelo e da minha boca, e eu passei por tudo isso de cabeça erguida, nunca desisti, não alisei meu cabelo como mandavam eu fazer. Hoje em dia eu sei que o que fiz foi o melhor, porque não importa o rótulo que colocam em você, apenas você pode se definir”, contou Luana Cálita Antunes da Roza, de 17 anos, estudante do 3° ano do Ensino Médio no Colégio Estadual Humberto de Campos, em Santo Antônio do Sudoeste.
Ela aproveitou as ações de combate ao bullying desenvolvidas pela escola para conversar com os colegas sobre as diferentes formas e práticas de bullying. Para ela, o virtual é a pior forma, além de mais frequente, devido ao fácil acesso às redes sociais e de permitir que as agressões sejam feitas no anonimato.
Suporte pedagógico
Para auxiliar o desenvolvimento de ações pedagógicas relacionadas à temática, a Secretaria da Educação, com base na Lei nº 19.678/18, elaborou uma lista com sugestões de ações e estratégias que podem ser trabalhadas em sala de aula e contribuir para construir um clima escolar favorável ao diálogo, empatia e minimização de situações de violências, e para promover a convivência harmônica.
“O objetivo é tornar as ações preventivas ao bullying uma prática contínua, permeando o cotidiano e o currículo escolar, orientadas pelo Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, e desenvolver competências socioemocionais nos estudantes, que reflitam na melhoria dos resultados de aprendizagem, uma das funções primordiais da educação”, explicou Angela Mercer.