13º salário: como aproveitar o rendimento extra para fugir das dívidas
Além da crise financeira impulsionada pela pandemia, especialista alerta sobre a alta da inflação e da taxa de juros
A segunda parcela do 13º salário deve cair até o dia 20 de dezembro para todos os brasileiros com contrato de trabalho pelo regime da CLT e tempo de serviço igual ou superior a 15 dias. Embora seja uma ótima oportunidade para realizar as tão sonhadas compras de final de ano, especialistas indicam que esse rendimento extra deve servir para quitar dívidas antigas e completar a capacidade mensal de renda das famílias.
“A pandemia gerou uma completa alteração em todo o processo de geração de renda. E se isso afeta no salário, vai afetar também no 13º, com redução proporcional”, explica Pedro Salanek, professor de finanças do ISAE Escola de Negócios. “Esse dinheiro chega para dar um fôlego no dia a dia e permitir que as famílias comecem 2022 sem dívidas”, diz.
Cerca de 12 milhões de famílias brasileiras estão atualmente endividadas, o que causa grande alerta e exige cuidados especiais. “Geralmente, as dívidas têm um custo de financiamento e juros que, em caso de cheque especial ou cartão de crédito, acaba sendo bastante impactante”, explica. “Antes de pensar em viajar ou consumir mais, é preciso sair do endividamento. Todo dinheiro é bem-vindo dentro da fonte quando é para se livrar de uma dívida amarga”, aponta o docente do ISAE.
Além da crise financeira impulsionada pela pandemia, o especialista alerta sobre dois novos fatores que devem ser levados em consideração este ano. “O cidadão precisa se preocupar com a alta da inflação e a alta da taxa de juros, então tudo o que ele puder conter e preservar de suas finanças é importante”, complementa Pedro Salanek.